14. You Owe Me Answers!

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- Namorado?

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- Namorado?

- É. Se o senhor me dá licença, eu tenho que trabalhar - me retirei e fui até a mesa de Noah.

- O que você tem pra mim? Senhora! - ele debocha soltando o celular.

- Nós ainda não casamos, então é senhorita - Ironizei colocando o cupcake sobre a mesa.

- Engraçadinha. - ele murmura fitando o doce. - É sabor nozes?

- Exatamente, eu pessoalmente gosto.

- Eu não confio em você. Seu gosto pode ser estranho.

- Come logo antes que eu enfie pelo seu-

- Opa! Cuidado com a boca.

- Eu ia dizer nariz. - expliquei. Girei os calcanhares dando meia volta e rotornando ao balcão.

Sentia de longe o peso do olhar incessante de Bailey. Que fez questão de trocar de cadeira e ficar me encarando descaradamente. Ele deve ter perdido totalmente a noção, o que ele acha que vai conseguir com isso? E o que droga ele teria pra falar comigo depois de tanto tempo? - me perguntava olhando fixo em qualquer outro ponto da loja, tentando inutilmente não ficar incomodada com a presença dele.

Encarei então as vidraças que refletiam o pouco sol que fazia. Destraindo-me com as pessoas que passavam pela rua. Embora não fosse suficiente pra tirar da cabeça a ideia de que Bailey poderia ter algo importante a me falar. Mas de que iria adiantar falar com ele? O que ele me diria que pudesse, de alguma forma, mudar o que aconteceu? Seria impossível reatar qualquer tipo de relacionamento com ele.

Despertei de meus devaneios quando senti alguém se aproximar. A aparência marcante e o perfume inconfundível o entregaram. Era Noah. Que se pôs a frente do balcão, roubando para si não só a minha, mas diversas as atenções das garotas pela loja. Confesso que fica cada vez mais difícil me dirigir a ele. Nada mudou em relação a nós dois, todavia sua presença esmagadora ainda me parece difícil de lidar.

- Já está quase no seu horário de saída, certo? - indagou olhando brevemente o relógio em seu pulso.

- E que interesses o senhor teria na hora em que eu saio? - tombei a cabeça levemente para o lado fitando-o.

- Bom... - ele apoia os braços no balcão aproximando-se. - Alguém disse que tinha marcado de sair comigo depois do trabalho.

- Poxa, que audição maravilhosa. - desdenhei.

- Precisamos conversar sobre isso.

- Sobre o quê? - indaguei sínica.

- Sobre um cara querendo conversar com a minha namorada depois do trabalho dela.

- Do jeito que você fala até parece que se importa. - olhei o relógio acima da porta e vi que já eram quase doze.

- Claro que eu me importo.

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora