36. Manipulation

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Despertei com o sol incômodo que adentrava o quarto

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Despertei com o sol incômodo que adentrava o quarto. Cocei os olhos após o primeiro contato com a luz e pragejei baixo coisas desconexas. Lembrei que hoje teria que ir mais uma vez até aquela empresa problemática.

Odeio o fato de que as primeiras coisas que me vêm à cabeça ao acordar são os problemas.

Tornei a fechar os olhos tentando ignorar meus pensamentos que tentavam me obrigar a levantar.

Me remexi para sentir um peso pouco atrás de mim na cama. Arregalei minimamente os olhos antes de descer o olhar até o braço que envolvia minha cintura.

Meu olho tremeu em desespero após o fim da minha amnésia momentânea. As recordações da noite passada voltaram em um flash que quase me cegou.

Engoli em seco.

Me virei vagarosamente até que minha visão encontrou o rosto que menos deveria estar em minha cama.

Seus olhos abriram-se vagarosamente, talvez eu tenha o acordado ao me mexer. Ele respirou fundo enquanto despertava para me encontrar o observando ainda abismada.

- Acho que isso já aconteceu antes. - a voz rouca se manifestou para me fazer relembrar um momento da viagem que fizemos até Orange.

- Que merda você tá fazendo na minha cama, Noah!? - levantei agitada. Ao perceber que estava apenas com a roupa íntima puxei o cobertor para me cobrir, o que resultou em deixar o corpo do Lee descoberto.

Ele sorriu e se ajeitou enquanto eu divaguei o olhos pelo corpo coberto apenas pela box preta.

- Vai fingir perda de memória à essa altura? - debochou se sentando na cama.

- Eu só posso estar ficando louca. - resmunguei juntando minhas roupas que estavam jogadas pelo chão do quarto.

- Somos adultos, para de agir assim. - ouvi sua voz ao fundo enquanto me dirigia à porta. - Onde você vai?

- Eu vou embora! Isso é loucura!

- Esse quarto é seu, pra onde vai? - se levantou para vestir a calça.

Esse quarto é meu? Sim! Esse quarto é meu!

- Obrigado por me lembrar, agora cai fora! - juntei as roupas para entregar à ele.

- Espera aí, vamos conversar. - pediu enquanto eu o arrastava pra fora do quarto sem ao menos dar tempo para que se vestisse adequadamente.

- Isso não deveria ter acontecido! A culpa é toda sua, agora vai embora. - abri a porta e empurrei para fora, no entanto ele me impediu de fecha-la.

- A culpa é minha? - seu físico continuava exposto já que não dei chance para ele vestir a camisa. Quase caí em tentação outra vez. - Achei que você tivesse concordado.

- Existe uma diferença, você me manipulou. - tentei fechar a porta novamente, mas era praticamente impossível naquele momento.

- Eu te manipulei?

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora