26. Normal

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Abri um pouco os olhos e senti a luz do sol vinda da janela me incomodar

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Abri um pouco os olhos e senti a luz do sol vinda da janela me incomodar. Rolei para o lado e tateei a cama em busca do celular; o encontrando em baixo do travesseiro. Liguei o aparelho e olhei a hora.

Acordar às oito horas é relativamente cedo para um final de semana. Desliguei-o novamente e tornei a fechar os olhos, em uma falha tentativa de voltar a dormir.

Aceitando que não conseguiria dormir, levantei. Me esgueirei até o banheiro.

Terminando de me arrumar, sai do banheiro e em seguida do quarto. Ainda bocejando andei pela casa até chegar a cozinha. Mas... Estou esquecendo de algo?

- Bom dia.

Dei um sobressalto pelo susto. Noah passou por mim e foi até a cozinha. O segui ainda com a mão no peito, tentando segurar a alma no corpo até que ela se reinstale. Sentei em um dos bancos no balcão e assisti o moreno procurando algo pela cozinha.

- Tá procurando o quê? - perguntei e ele parou para me olhar.

- Carne.

- E você já viu alguém guardar carne no armário? - indaguei com um sorriso mínimo.

- Vai embora. - fez gesto com a mão me expulsando da cozinha.

- Acho que não. - não contive um sorriso. - Ainda não comi nada.

- Não interessa, cai fora. - puxou o celular do bolso ao ouvir o aparelho tocar.

- Vou ficar onde estou Noah Urrea. - retruquei convicta. Ele me fuzila com os olhos por um momento, mas logo volta a atenção para o aparelho.

- Fala Josh... - disse atendendo a ligação. - Ah, então foi por isso... - assistia em silêncio imaginando qual seria o motivo da ligação. - Tudo bem, faça como quiser.

Afinal, eles não estão em casa? E por que saíram sem avisar, nem Noah parecia saber o que estava acontecendo. Por que de repente tudo parece tão estranho?

- Onde eles foram?

- Fazer compras. - abriu uma outra vez o armário em busca de algo.

- E quando eles voltam? - Noah demorou os olhos sobre mim por um tempo. Como se ensaiasse suas próximas palavras.

- Por que quer tanto saber? - aproximou-se do balcão. - É medo de ficar sozinha comigo? - era impossível ler seus olhos. Se era brincadeira ou não eu não sei, mas conseguiu me desestabilizar.

- M-medo? - sorri nervosa. - Claro que não, de onde tirou isso?

- Talvez, da forma como está agindo? - deu a volta no balcão lentamente, sem abandonar meus olhos em nenhum momento. - Tem algo de errado com você?

- Pode por favor me explicar do que está falando? - questionei me ajeitando no banco e podendo ficar de frente pra ele.

- Antes você agia normalmente, mas de repente eu não posso nem mesmo me aproximar de você. - senti frio na barriga com suas palavras diretas. - Qual é o problema?

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora