43. Epilogue

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Era só mais uma quinta feira normal de uma semana normal

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Era só mais uma quinta feira normal de uma semana normal. Cheguei cedo na empresa e fiz meu trabalho como de costume. A única constante era que, estranhamente, não encontrei Noah o dia inteiro. Ele não veio trabalhar. Também não mandou mensagem ou ligou como costuma fazer. Eu por outro lado, não mandei mensagem ou liguei para perguntar o que aconteceu. Tampouco tive tempo para respirar hoje.

Ao fim do meu expediente eu mataria por uma banheira quentinha e horas de descanso. Mas ao invés disso, fui visitar Kyle. Não consegui vê-lo a semana inteira, o que era estranho, já que costumamos nos encontrar com frequência para cafés e doces recheados de fofocas.

Adentrei o café que já estava fechado e encontrei o mais alto limpando algumas mesas.

- Dia difícil? - ele perguntou após me olhar brevemente.

Talvez minha postura caída ou meus olhos cansados tivessem me entregado.

- Terrivelmente difícil. - reforcei. Escolhi uma das cadeiras e me sentei, deixando a bolsa sobre a mesa. - E como foi o seu dia?

- Ah - ele respirou fundo e me lançou um olhar de súplica - Eu quero você de volta. - terminou, me fazendo rir.

- Ai Kyle, só você pra me arrancar um sorriso depois desse dia de merda. - afundei na cadeira ainda com um sorriso mínimo nos lábios.

Ele analisou minha aura depressiva por um minuto, depois foi até a cozinha. Um minuto depois ele voltou com duas xícaras de café e uma fatia de bolo.

Observei-o deixar a minha xícara, e o barulho da porcelana contra a madeira foi reconfortante. Olhei em volta durante o tempo que ele levou para puxar uma cadeira para si. Esse lugar está carregado com uma nostalgia assustadora.

- É só o trabalho mesmo? - questionou. Como se pudesse sentir na própria pele toda a confusão dentro de mim. A confusão que se transformava aos poucos em um furacão avassalador.

Pisquei uma vez, duas. E percebi que não sabia responder essa pergunta.

- O que... O que mais seria?

Ele me olhou tão profundamente, que por um momento me perguntei se ele sabia a resposta antes mesmo de perguntar.

- E o Noah? Como andam as coisas? - ele provou do café sem tirar os olhos de mim, como se pudesse perder a minha resposta por um único segundo de distração.

- Eu acho que bem. Só... sei lá. Não parece ruim. - em algum momento eu me perguntei se era realmente assim que eu pensava.

- Não é a melhor definição. - disse. Em seguida indicou o bolo com o queixo. - Começa a comer.

- Você é um destruidor de dietas. - reclamei. Ele simplesmente ergueu a postura, como se se orgulhasse do título.

- Qual é o problema então? O trabalho tá atrapalhando? - Eu sabia que ele se referia a Noah.

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora