32. Luck

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Tive certa dificuldade para abrir os olhos, mas por fim consegui

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Tive certa dificuldade para abrir os olhos, mas por fim consegui. Senti dor de cabeça e levei instintivamente a mão até a mesma. Olhei em volta tentando reconhecer onde eu estava; Aparentemente um quarto de hospital.

Notei que em meu braço havia uma agulha, transferindo o soro. Tirei a fita que a segurava e arranquei-a do meu braço.

Odeio agulhas.

Me sentei na cama e me senti um tanto desnorteada. Esperei alguns segundos para que minha mente se colocasse no lugar e me levantei. Andei até a porta e sai, procurando pela recepção.

- Com licença, pode me dar uma informação? - Perguntei me aproximando da recepcionista.

- Claro, do que precisa?

- Quero saber se aqui está internado um paciente chamado... Qual era mesmo o nome dele...? Era Shawn... Men... Shawn Mendes! É isso.

- Shawn Mendes... - Ela repetiu enquanto mexia em seu computador. - Ah sim, ele está internado aqui.

- Pode me dizer em que quarto ele está?

- Isso eu não posso dizer, são informações que eu só posso dar à familiares, desculpa.

- Entendo. - Pensei um pouco. - Mas pode ao menos me dizer se ele está bem? É que fui eu quem o ajudou até a ambulância chegar e-

- Espera, você é a moça que estava com ele? Você não deveria estar no seu quarto descansando? A enfermeira sabe que você saiu?

- Calma, eu não posso responder tantas perguntas assim. - Sorri. - Eu estou bem e realmente preciso saber se ele também está.

- Eu não deveria mas... A cirurgia dele ocorreu muito bem. A bala foi retirada e ele vai ficar aqui alguns dias até receber alta. Vai acordar logo logo.

- Que bom, é um alívio. Eu quase tive um treco quando vi ele naquele estado e... Espera, quanto tempo faz que eu tô aqui?

- Já deve ser por volta das onze. - Ela conferiu o relógio em seu pulso. - Sim, já são onze e meia da noite.

- Meu Deus! Ele deve estar preocupado comigo! Eu tenho que voltar!

- Quem? Seu marido? Ou... Namorado?

- O meu cachorro! - Andei rápdamente em direção à saída.

- Espera aí! Você ainda não recebeu alta! - Ela gritou mas era tarde demais, eu já tinha atravessado a porta em direção à rua.

Meu pobre Ethan. Eu deveria ter deixado mais ração na tigela dele. - Pensava enquanto tentava pegar um táxi à beira da rua.

[...]

- Meu bebêzinho! - O chamei ao entrar em casa. - Desculpa, você é um cachorro então eu não tinha como avisar. - Falei o pegando no colo.

Caminhei até a cozinha, que consequentemente era junto à sala pelo pouco espaço do lugar.

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora