42. Eleven and Twenty

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Amarraram meus pulsos tão apertado que minha circulação sanguínea poderia simplesmente dar meia volta e recuar por onde veio

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Amarraram meus pulsos tão apertado que minha circulação sanguínea poderia simplesmente dar meia volta e recuar por onde veio. E aliás, onde arrumaram essas cordas tão rápido? E por que é com isso que estou preocupada agora?!

Esse velho maldito... daria um rim pra pular no pescoço dele e sufocá-lo até a morte.

Noah por outro lado parecia preocupado o suficiente por nois dois. Ele inutilmente havia tentado convencer o pai a recuar e parar com tudo aquilo, o que resultou em uma fita sendo colocada para calar a boca do moreno. Ele olhava para cada canto da sala, para cada um dos três homens e acabava parando em mim. E eu podia facilmente decifrar aquele olhar.

"Por que está tão calma?!", era o que ele parecia dizer.

Mas eu realmente não estava preocupada com o que poderia acontecer comigo. A única coisa que me assombrava naquele momento era ter o arrastado para quilo tudo. Eu nunca, jamais, nunca mesmo, me perdoaria se algo de ruim acontecesse com ele por minha causa. Ele era a última pessoa que eu deveria ter trazido pra essa bagunça.

- Acho que sabia onde estava se metendo quando veio de penetra essa noite, não sabia? - o velho se aproximou e eu permaneci em silêncio. - Vamos lá, onde está aquela lingua afiada de sempre? - aquele sorriso fantasma pairava sobre o rosto do velho, me trazendo asco.

Mostrei a língua e Jake do outro lado da sala soltou um riso abafado.

- É bom que esteja disposta a brincar, aproveite seus últimos momentos. - ele movimentou a mão em minha direção e deu as costas.

- Esse é seu planinho de merda? Me matar e depois sumir com o Shawn também? - ri em descaso. - Sinceramente, que bela porcaria.

- Cale a boca enquanto pode. - o velho advertiu ainda de costas. Encarando o filho há alguns metros de distância.

- Olha, eu achei que precisase interferir para que você caísse, mas acho que nem precisava fazer nada disso. - não era exatamente um blefe. - Com todo respeito, seu plano é uma bosta.

Um segundo se passou antes que eu falasse novamente.

- Mas acho que não dá pra esperar muito com uma equipe dessa. - passei os olhos pelos outros dois homens. - Quem mais está envolvido? Zoe?

- É meu último aviso...

- Ela não é exatamente uma mente brilhante, sabe? Então fiquei me perguntando o que estaria mantendo ela aqui dentro e-

Fui interrompida. Aquele velho maldito me deu um tapa.

Joguei a cabeça para cima, na tentativa de tirar o cabelo do rosto. Levei a língua para o lábio inferior e senti o gosto de ferro. O desgraçado me fez sangrar.

- Ué? Achei que queria me ouvir falar? - não abandonei a postura.

- Você deveria estar implorando para viver. - a ira nos olhos do velho era clara e me mataria se fosse possível.

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora