38. Fear

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- Ele

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- Ele... pode ter mandado atirarem no Taehyung.

- Como é? - ele emitia completa confusão mental.

Talvez jogar isso na cara dele assim possa ser um baque mais forte do ele pode aguentar. Mas eu preciso que ele saiba.

- Eu sei que pode ser difícil de acreditar... - fiz uma pausa para encarar os olhos dele. Brilhavam enquanto me ouvia falar, mas não sabia se eram apenas lágrimas que ele segurava - Lembra que eu disse que o conheci depois que ele levou um tiro?

Ele continuou em silêncio e entendi como um consentimento para que eu continuasse.

- Hoje convenci Shawn a irmos atrás atrás do seu pai... - fitei o chão antes voltar a encará-lo. Esperei um questionamento mas ele não veio. Noah continuava me olhando de forma impassível. - Quando chegamos lá ele estava de saída. Nós o seguimos para tentar uma conversa, mas ele estava indo encontrar alguém.

Não sabia o que aquele silêncio significava. Ele pode estar apenas me ouvindo para depois sair por aquela porta e nunca mas olhar na minha cara, ou pode estar tentando entender sobre o que estou falando. Me sinto tão estranha de repente.

- Quando o Shawn viu o homem com quem seu pai conversava... - tomei coragem para continuar - reconheceu ele imediatamente. Um tiro não é algo que se esqueça facilmente, eu acredito que seja sim a pessoa que atirou nele. - soltei o ar que nem percebia que tinha prendido. - Eu só... não sei que tipo de relação ele teria com seu pai.

Recuei alguns passos e virei de costas. Nunca vou me perdoar se estiver errada. Respirei fundo antes de me virar novamente, porém o ar me faltou em seguida ao encontrar Noah chorando. Então é essa a sensação de ter o coração em pedaços. Eu nem lembrava mais como era.

Repentinamente uma culpa devastadora caiu sobre mim. Senti arrependimento e queria imensamente voltar no tempo para me impedir de contar a ele sobre isso.

- Você sabe... quanto tempo eu tentei convencer à mim mesmo de que meu pai não era uma pessoa ruim? - ele tentava controlar o choro mas tudo que conseguia era soluçar baixo. - A minha vida inteira.

- Desculpa... - minha voz era apenas um susurro praticamente inaudível. Eu não sabia porque estava me desculpando, só queria de alguma forma confortar ele.

- Eu... quero que você esteja errada. - foi tudo que ele disse antes de desabar em lágrimas. Ainda lembro da última vez que vi o Urrea tão abalado.

À essa altura eu já nem percebia que também chorava. Tudo que queria era vê-lo bem outra vez. Começo a achar que teria sido melhor ter deixado ele fora disso. Mas ele não ficaria sabendo de qualquer jeito? - gostaria que isso me acalmasse.

- Eu também... - dei um passo em sua direção - quero estar errada.

Abracei-o que sequer parecia ter me ouvido. Estava perdido em seu próprio sofrimento enquanto soluçava incontrolávelmente.

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora