30. Tear Apart

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Eu dirigia como se o chão estivesse desmoronando atrás do carro e eu precisasse sobreviver a qualquer custo

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Eu dirigia como se o chão estivesse desmoronando atrás do carro e eu precisasse sobreviver a qualquer custo. Meu coração estava acelerado mas não era pela adrenalina. Meu sangue fervia e só queria chegar ao meu destino de uma vez por todas. Nunca, nem mesmo eu meus videogames, usei tanto meu auto controle. Quer dizer, eu não acho que exista algum controle em mim agora. Por que eu estava completamente cego.

Aquelas malditas fotos...

Estacionei o carro com brutalidade em frente à casa dela. Bati a porta com violência e caminhei em passos rápidos para dentro da residência. Encontrando a porta entreaberta, não me questionei e apenas continuei. A primeira coisa que me chamou atenção foram as taças de vinho sobre a mesa de centro da sala.

Minhas mãos gelaram. Engoli em seco e andei em passos receosos até o quarto dela. Empurrei levemente a porta que nem mesmo estava fechada, para encontrar a cena mais repugnante que poderia ver. Sina estava deitada... Ao lado de Bailey. Quase não haviam roupas em seu corpo, ela estava semi-nua.

Senti algo se romper dentro de mim. Por que isso está acontecendo comigo de novo?

Meu coração encontrava-se em pedaços, aos poucos ela me ajudou a junta-los novamente. E tudo isso pra quê? Para o dilacerar agora?

Era como se algo tivesse batido forte contra minha cabeça. Um baque forte e impiedoso.

E doeu, doeu demais.

Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, a vi se mexer minimamente. Levou a mão até a cabeça, como se sentisse algum tipo de dor.

- Deve ser a ressaca. - Meu tom era frio e indiferente.

- Noah...? - A voz dela saiu falha. Sentou-se na cama e me olhou como se nada tivesse acontecido.

- Parece que a tarde foi divertida.

- Do que você... - Ela olhou para o lado e não chegou a terminar a frase. - Por que ele... Tá aqui?

- Você pode ser mais dissimulada que isso!? Meus parabéns! Você é realmente uma ótima atriz! - Senti a raiva me consumir.

- Eu achei que ele só viesse amanhã. - Bailey se levantou, sentando na cama.

- Eu não mereço isso. - Dei meia volta, saindo dali.

Me pergunto o que de tão ruim fiz em minha vida passada pra merecer tudo isso. Senti meu braço ser puxado quando já estava chegando na porta. O puxei de volta, me livrando do toque dela.

- Olha, Noah. Eu não sei o que está acontecendo aqui, mas com certeza é um grande mal entendido. - o corpo dela agora estava enrolado em um cobertor branco.

- Um "mal entendido"? Deve estar escrito "otário" bem no meio da minha testa, né?

- Noah, por favor! Para de agir por impulso!

𝗔 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝗰𝘁 | ᴺᴼᴬᴿᵀOnde histórias criam vida. Descubra agora