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Mon sentiu uma gama de emoções, mas não disse nada.

Ela suspeitava que Tee estivesse sofrendo tanto quanto Sam. Mas não quis se expor a tal vulnerabilidade.

- Tee.

Chamou Sam, no que parecia ser uma voz incrivelmente razoável.

- Se tem que haver uma laparotomia e uma lavagem do peritônio, quero que você faça isso.
- Apesar de minha conexão com o paciente?
- Sim. Como pai, acredito que tenho o direito de nomear um cirurgião.

Mon odiava a forma como elas estavam falando sobre Bambam, como se fosse apenas mais um paciente, mas entendeu. Esse distanciamento era necessário para que Tee fosse operar.

- Eu vou operar se for necessário. Vocês duas vão para a sala dos médicos com Yuki e esperem. Eu não quero você atravancando o meu trabalho. Tome um café ou durma. E na hora que tiver algo para lhe dizer, eu vou fazê-lo. Você não está tentando e observando.
- Nós não vamos.

Disse Mon. Ela pegou o braço de Sam.

- E nós vamos para a sala de médicos agora.

Sam resistiu um pouco no início, caminhando para um último olhar em Bambam. Então, Mon arrastou-a pelo braço e Sam veio de bom grado.
Sentaram-se na sala dos médicos.

Yuki fez chá a todas, mas ninguém bebeu. Por um tempo Mon tentou sentar-se com o braço em volta dos ombros de Sam, mas ela sentou-se perfeitamente imóvel e não parecia ainda notar. Então, mudou-se.

Talvez elas pudessem ter falado, mas ninguém parecia ter algo a dizer.

Mon só podia adivinhar o que Sam estava sentindo. Pela primeira vez em sua vida, ela não foi capaz de confiar em seus próprios recursos.

Não havia nenhum lugar que poderia se esconder, nenhuma brincadeira que poderia fazer.

Em certo sentido, Sam estava nua. Depois, talvez meia hora havia uma mensagem de telefone da enfermeira responsável.

A equipe tinha sido montada, Bambam estava indo para sala de cirurgia.

E elas se sentaram, e depois de um tempo Mon fez chá e de alguma forma as fez beberam.

Sam se sentou imóvel, olhando em frente a ela, falando apenas quando era falado e, em seguida, em monossílabas educadas. Depois de um tempo Mon não podia aguentar mais.

Não importa quão duro ela tentou detê-las, as lágrimas vieram.

Yuki veio sentar-se ao lado dela, puxou a cabeça de Mon para baixo em seu ombro. Outra hora e meia.

E, em seguida, a porta foi aberta e havia Tee, ainda em seu uniforme.

Seu ar de firme determinação tinha ido.

Agora, ela também parecia cansada.

- O apêndice se rompeu. Eu amarrei, lavei para fora do peritônio com solução salina. O que poderia ser feito, eu fiz. Ele está sendo levado para a unidade de alta dependência. Agora cabe a Bambam.

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