Em seguida, ela engasgou em horror.
O silêncio na sala era quase tangível. De todas as coisas que já tinha dito, esta era o que ela desejava que pudesse ter de volta. Mas era tarde demais.
- Foi o que aconteceu com você? Você quer dizer que estava grávida e depois de algumas semanas você abortou?
Ela assentiu com a cabeça.
- Mon, eu sinto muito, não sabia.
Ela viu a preocupação, o carinho em seu rosto, o apoio que ela desejava que tivesse na época, e isso a fez querer chorar.
- De modo que seria por que você estava tão chateada depois de ver a Sra. Kent. Quando foi isso, Mon? Quem foi o...
- Vamos esquecer isso.Disse ela.
- Eu não tive a intenção de levá-la. Foi uma daquelas coisas, um acidente não planejado, apenas aconteceu. Usamos a contracepção, mas... Nada é perfeito. Fiquei chocada, horrorizada no começo, mas então decidi tomar as coisas como elas vieram e me encontrei quase ansiosa para... Para ter um bebê.
Sam, obviamente, não queria esquecê-la. Ela insistiu.
- E a pessoa? O pai?
- Ela nunca soube. Eu nunca contei e logo depois terminei com ela. Que em muitos aspectos foi uma coisa boa. Mas eu teria gostado de um bebê.Sam estava estranhamente quieta.
- Você nunca me disse isso.
- Por que eu deveria? Acabou. É algo que não tenho nem vergonha nem orgulho, mas está definitivamente no passado.
- E quando foi?
- Oh, há algum tempo atrás. Três ou quatro anos atrás, na verdade.
- Não, talvez, cinco ou seis meses atrás?Ela tinha esquecido o quão perspicaz Sam poderia ser.
Ela olhou para Khun e assistiu-a lidar com a ideia e suas consequências.
- Mon, eu era o pai! Não era? Você deveria ter me dito!
Ela percebeu que Sam tinha visto seu rosto abatido, tinha trabalhado para fora que era a pessoa em questão.
E agora estava calmamente com raiva.
- Eu não tinha o direito de saber?
- Sam, foi um caso ocasional. E isso aconteceu depois que você terminou.Ela saltou para seus pés.
- Não importa! Eu deveria ter sido notificada. Você me devia isso.
- Eu não sinto que lhe devia nada. Assim como você tinha deixado claro, que não me deve nada. Estávamos terminadas, uma lembrança agradável, nada mais. E nenhuma maneira que eu ia dizer-lhe depois que me abandonou. Se as coisas tivessem continuado normalmente...
- Você quer dizer que se o bebê tivesse vivido!
- Se o bebê tivesse vivido...Ela aceitou com calma.
- ... então eu teria te dito. Eu aceitaria o seu direito de saber.
- Mas o bebê morreu!
- Eu já passei por tudo isso com a Sra. Kent. Não era um bebê. Era um amontoado de células que podem talvez ter crescido em um bebê. Pessoas abortam o tempo todo, Sam, você sabe disso. Agora apenas aceite.
- Você já aceitou isso?Agora, sua voz era fria.
- Eu pensei que era algo que pudesse nos unir e não há maneira que eu quero uma pessoa fora de um senso de dever. Então eu fiz o que pensei que era a coisa certa, e não te contei.
- Você sabe como me sinto sobre bebês. Meus bebês!
- Eu sei agora. Eu não sabia então.Seus ombros caíram quando Sam teve que aceitar a força de seu argumento.
- Mas, Mon, você passou por tudo isso sozinha. Eu teria ficado lá para você, se tivesse pedido. Mon, eu estou aqui para você agora.
- Tarde demais.
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Doctor Romance
FanfictionPara Kornkamon Armstrong, Khun Sam poderia ser depilada e jogada numa piscina de álcool pelo que fez. Mas quando recebe uma ligação desesperada da outra pedindo por ajuda, acredita que não há mais nada entre as duas e, também quem negaria em ajudar...