10

123 14 6
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Embora os rostos de Mahin e Jorah fossem tranquilos – ou mais indiferentes, como a expressão da mulher −, o silêncio que pairava após o grupo de amigos terem deixado Selene, Liz, Will, seu pai e Kaine para trás era meio... estranho. Talvez até um pouco desconcertante, como se todos ali soubessem da grande questão cravada entre eles – réus pelo Vaticano, vitoriosos contra Luther – porém, ninguém ousava comentar.

Selene comprimiu os lábios, olhando a sala ao redor, o que deu espaço para Jorah cortar o silêncio ao meio:

― Deveríamos começar explicando... – ele olhou de esguelha para Mahin, que ergueu as sobrancelhas levemente. – como essa Ala ainda é relativamente recente aqui na Academia. – o rapaz se afastou de uma mesa, gesticulando para que Selene e Kaine o acompanhasse pelo passeio pela sala. − A abertura da Ala de Exploração só surgiu devido ao surgimento de novas cidades que se deu pela união de mundos, e que devido ao caos, temos pouco pessoal para ir nas explorações. Aqui em Cluj pode haver muitas pequenas cidadelas ou somente povos perdidos de sua terra natal, e ter alguém diretamente ligado à essas criaturas...

Kaine soltou uma risadinha no qual Selene sentiu um tom tênue de deboche, como se estivesse se contendo. Ela apenas continuou observando o lugar a passos vagarosos.

Criaturas. Ligar povos com criaturas dá a entender que somos tão horrorosos quanto a conotação faz parecer. – O kitsune sorriu para Jorah. – Sem ofender, claro, mas vocês também são criaturas. Povos desse mundo, e por toda essa situação que meu povo tem passado devido a aversão que seu povo tem... – ele olhou para Selene dessa vez. – Minha ninfa, espero que não se insulte.

Selene riu, negando com a cabeça.

― Serei o elo que une nossos povos, Kaine – ela brincou e se voltou para Jorah, que parecia mais demonstrar um encanto comedido do que consternado pela fala de Kaine. – Se essa Ala é recente... Vocês já fizeram muitas excursões para descobrirem cidades subterrâneas? Ou estavam esperando que os grandes vitoriosos aparecessem para ajuda-los?

Um sorrisinho passou pelo canto do lábio de Jorah, como se entretido pela provocação.

― Mapeamos dez cidadelas desde a união com o mundo dos sobrenaturais – eles retomaram ao passeio, caminhando até o fundo da sala onde um painel extenso repleto de desenhos de cartografia, elevações montanhosas e até mesmo rabiscos de figuras demoníacas estavam expostas. Selene parou para olhá-los, respirando fundo. − Estamos preparando a primeira excursão para irmos ao sul da cidade, nas redondezas de Colonia Borhanci. O Departamento de Engenharia detectou ondas de radiação muito elevadas naquela área, afetando os picos de interferência em nossa telecomunicação.

Estamos? – Kaine indagou. – Vocês dois e mais quantos?

― A ala está vazia porque os glaives que se juntaram a nossa equipe foram chamados para uma missão. – Explicou Jorah. − Mas voltarão para irmos até Colonia Borhanci no primeiro pico de interferência, ao final do dia.

Elementais das Trevas - Falsos Deuses #4Onde histórias criam vida. Descubra agora