Elementais das Trevas - Falsos Deuses - LIVRO 4
As histórias de fantasia do avô de Selene Midnight nunca foram tão reais quanto agora: monstros de presas afiadas e escamas cintilantes perambulando pelas ruas de um mundo que era naturalmente ordinári...
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O novo uniforme era maleável e, segundo o bilhete deixado por Sorin, a unidade romena tinha desenvolvido uma tecnologia particular que fazia a vestimenta ser muito mais resistente à ataques demoníacos – além das peculiaridades que cada elemento tinha.
Bom, Selene estava se sentindo muito confortável vestida com o uniforme e, mesmo sem um espelho no quarto, a roupa cobria a Marca na clavícula, dando lugar ao desenho bordado, diferente do traje simples e descontraído da Ager.
Ela gostava de exibir a Marca, ainda mais quando...
― Parece uma segunda pele. – disse Melanie enquanto pegava uma muda de roupas da mala e colocava no baú. – Vai sair com o uniforme mesmo no nosso dia de folga?
― Folga por algumas horas. – Selene colocou um brinco de concha na orelha. – Se sairmos, é bem possível topar com um demônio. E já não temos muitas roupas se formos com as normais.
― Se Lana estivesse aqui, provavelmente não se importaria de exibir algum vestido de inverno que ela conseguiu guardar. – Melanie soltou um riso, e Selene viu o fantasma da saudade passar por seus olhos, uma trança rosa caindo nos ombros. – Aí, me lembre de não fazer essas referências a Lana.
Selene riu, tocando o ombro de Melanie com a testa.
Três batidas ressoaram na porta e Selene abriu, se preparando para se deparar com Jason ou Aysel – mas era Maze que estava lá, sem uniforme Exorcista, mas com o mesmo sobretudo no qual saiu de Pittsburgh.
O frio dançou pela barriga de Selene, e ela sorriu quando os olhos do rapaz a avaliaram com o novo uniforme, dos pés à cabeça, até seus olhos se encontrarem.
― Oi. – ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha só para ostentar o brinco, levantando o queixo. – Aconteceu alguma coisa?
Maze pareceu se esforçar em esconder o sorriso.
― Não. Está muito ocupada? – os olhos dele rondaram pelo quarto, dando um menear breve à Melanie lá trás.
― Hum... – Selene virou o rosto para o quarto, sendo pega pelo olhar entretido de Melanie, e voltou a fitar Maze. – Acho que não. Por enquanto.
― Queria perguntar se você gostaria de conhecer a cidade. – Maze inclinou ligeiramente a cabeça para o lado, o olhar uma vez em sua boca, outra nos olhos.
Selene não resistiu e abriu um sorriso enorme.
― Você nem precisava perguntar. – ela correu até o baú, procurando pela caderneta e o lápis-carvão.
― Ainda temos tempo antes que escureça. – disse Maze, que olhou para Melanie. – Sebastian está a chamando para que se reúna com os outros lá embaixo.
Selene fez uma careta.
― O que ele quer?
― Se for pra alguma coisa boa, o apocalipse ainda não precisa acontecer. – falou Melanie igualmente surpresa.
