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Ethan sentia que seu cérebro e outros órgãos tinham sido arremessados para fora do corpo – porque ele não estava entendo nada ao redor. Ele sabia da faísca de dor que estava se alastrando da lombar para o restante da costela, o cheiro de fumaça com enxofre consumindo as narinas como se estivesse inalando fogo.

Um zunido penetrava seus tímpanos, no entanto, ele ainda conseguia ouvir vozes, mesmo que muito longe – e uma lufada de ar espalhou a fumaça; o vento tinha aroma perfumado, mesmo que misturado com enxofre.

E cheiro de enxofre significava...

Levanta – comandou uma voz, e Ethan piscou mais algumas vezes para o borrão que era o mundo; a visão se ajustou, a mente ainda rodava levemente, mas ele começou a entender.

Seus olhos capturaram muitas coisas ao mesmo tempo; a van na qual ele jurava ter ficado até segundos atrás estava muito longe com o teto virado para baixo, o céu começou a ficar avermelhado e inúmeras... coisas estavam ao redor deles. Coisas – demônios, com certeza, com um corpo meio canino, as patas curvadas como ganchos, e a cabeça era no formato de uma flor, as pétalas coroadas por dentes afiados.

Ele desviou o olhar, ofegando, para quem no qual se apoiava; Sebastian o segurava pelo braço, a cabeça erguida encarando alguma coisa. O chão estremeceu sob seus pés; Ethan seguiu o olhar de Sebastian para ver o que ele fitava.

Seu sangue esfriou e aqueceu, como numa dança para quem ganhava espaço em suas veias. Havia um demônio muito maior entre aqueles com cabeça de flor carnívora – muito, dez vezes maior, talvez com mais de dez metros de altura. Ele tinha corpo de humano, cabeça e rosto humano, com a pele cinza-escuro e encouraçado como se uma armadura já tivesse nascido com ele, e chifres despontavam das laterais de sua cabeça com detalhes em vermelho metálico, quase como uma coroa. Os olhos do gigante eram bicolores – cobre e vermelho.

Havia algo bem pior junto com ele – o monstro segurava uma espada gigantesca como se fosse uma extensão de seu corpo.

Pelos anjos.

― Esse maldito é Zepar – gritou Sebastian para o restante do grupo que havia se espalhado, armas já na mão combatendo os demônios menores.

― Turner, Danquah e Benavidez; cuidem do exército – Jason berrou acima dos grunhidos dos demônios-flores. – O restante vem comigo cuidar de Zepar!

Ethan engoliu em seco, franzindo a testa, puxando a lança quando uma besta saltou na direção deles.

― Jason – ele rodopiou a lança e cortou um demônio seguido de outro, erguendo uma cortina de fogo quando mais seis avançaram. – Você está maluco? Esse cara é gigante demais para que vocês quatro cuidarem sozinhos!

Um som agudo ressoou, cessando muito rapidamente; Ethan olhou para Zepar, a espada apontada para onde estava e atirou uma figura esférica quase retorcida preta e dourada. O tiro tinha sido rápido; Ethan conseguiu apenas se jogar para o outro lado, a terra estremecendo e, ao verificar onde ele quase foi pego, viu uma cratera muito funda queimada, uma névoa dourada brilhante espiralar.

Elementais das Trevas - Falsos Deuses #4Onde histórias criam vida. Descubra agora