Capítulo 27

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O vento quente fazia as garotas suarem, afinal estavam sem a proteção das árvores, que há muito haviam ficado para trás. O único barulho que escutavam eram o dos corvos que cantavam hora sim, hora não.

Mina sentiu a mão de Chaeyoung em seu pulso e se virou, encontrando a expressão de medo no rosto dela.

— Eu falei para pararmos, aqui acaba o matagal. é campo aberto. Não é melhor voltarmos? — Chaeyoung perguntou e Mina se virou para ela de vez.

— Só estamos avaliando o perímetro. Você já pisou para lá antes?

— Só de noite. É campo aberto, Mina, não gosto de, você sabe, chamar a atenção.

— Ninguém vai tocar em você, eu prometo. — Mina sussurrou, acariciando o rosto de Chaeyoung. — Não há ninguém por aqui, mas se houver temos armas.

— Não sei... — Chaeyoung disse e Mina voltou a acariciar o rosto da menor sem se importar se as outras veriam ou não.

— Como roubava comida na grande cidade se tem medo de sair em lugares abertos?

— De madrugada. — Chaeyoung confessou e Mina suspirou.

— Confia em mim, ninguém vai te descobrir. — Mina pediu e Chaeyoung mordeu seu lábio inferior, tendo a voz de sua mãe se repetindo em sua cabeça para não confiar em ninguém, que ela dizia isso para defendê-la, porém Mina sempre a tratara bem, não via razão para não confiar.

— Quero meu striptease hoje. — Chaeyoung disse para descontrair e Mina riu.

— Terá, sua safada. — Mina disse em um sussurro.

— Eu não. Ele. — Chaeyoung disse, apontando para o meio de suas pernas.

— Vem. — Mina disse, seguindo as outras que já estavam no campo aberto. A maior sentiu os dedos de Chaeyoung se entrelaçarem nos seus e ela soube que aquela era uma forma da menor se sentir mais segura.

— E se ficarmos aqui nos agarrando enquanto elas vão? — Chaeyoung sugeriu. — O mato aqui é bem mais alto do que ali, elas nem veriam.

— Proposta tentadora, mas faz parte do meu trabalho.

— Era parte dele quando vocês achavam que o vírus do ar impedia o cromossomo Y de ficar vivo. Hello! Olha só... — Chaeyoung disse, retirando o pinto para fora e fazendo Mina a olhar chocada.

— Alguém pode ver, esconda isso! — Exigiu.

— Viu? O ar não mata ele, pelo contrário, ele está desfrutando do ventinho. — Chaeyoung disse, fechando os olhos e sorrindo.

— Son Chaeyoung, se alguém mais ver seu pênis eu vou fazer questão de arrancá-lo.

— Viu só, amigão? Possessiva. — Chaeyoung disse olhando seu pênis murcho enquanto ela o balançava. — Ela está tão caidinha por mim. — Chaeyoung disse com a voz mais fina, como se tivesse sido o pênis a reproduzir aquela fala.

— Eu falo pelo seu bem, mas se leva tudo na brincadeira o tempo inteiro, fique sozinha com esse pênis caído então. Tenho mais o que fazer. — Mina disse irritada e Chaeyoung arregalou os olhos, guardando seu pênis rapidamente.

— Não, desculpe! — Chaeyoung disse rapidamente, segurando seu braço.

— Você toca seu pênis suado e vem pôr a mão em mim?

— Você já pôs a boca e sabe que ele é limpinho, mas desculpe. — Chaeyoung disse, removendo a mão do braço de Mina de forma envergonhada.

— Não pode levar tudo na brincadeira sempre, Chaeyoung. — Mina disse e Chaeyoung assentiu suspirando.

— Eu sei, desculpe. Só queria que entendesse que não faz sentido perder tempo queimando os corpos, Minari. Esse tempo você poderia tentar achar o que tanto quer.

— Eu sei. — Mina confessou desanimada. — Só não posso dizer a elas que já achei o bendito cromossomo Y e por isso tenho que continuar com isso.

— Está bem. — Chaeyoung disse, entrando em campo aberto de dia pela primeira vez na vida dela. Mina a olhou surpresa, percebera o medo nos olhos de Chaeyoung, mas por ela a menor o enfrentou. — Você vem ou não? — Mina sorriu e assentiu.

— Quem chegar por último nelas fica uma semana com a faxina. — Mina disse assim que alcançou Chaeyoung, disparando de correr e ouvindo a risada rouca no fundo a seguindo.

O Último Pênis | MiChaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora