Capítulo 39

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[...]

Chaeyoung analisava através da janela do trailer como Mina estava há quase uma hora deitada entre o matagal, admirando o céu. Ela só pôde identificar pois ela havia deitado com as pernas para fora.

Chaeyoung não queria ir até lá, afinal Mina queria ficar sozinha, mas a menor sentia que parte de sua vida era sugada a cada segundo que estavam naquele clima ruim, então ela decidiu que iria até lá sim e, caso Mina não quisesse falar com ela, então ela esperaria.

Abriu a porta do trailer e caminhou até ela, parando em sua frente com uma expressão triste em seu rosto.

— Posso falar rapidinho com você? — Chaeyoung perguntou e Mina a fitou. — Eu vou ser rápida e prometo ir embora assim que eu falar.

— Como assim ir embora? — Mina perguntou rapidamente.

— Para o trailer. — Chaeyoung esclareceu e Mina suspirou aliviada.

— O que foi? — Mina indagou se sentando e Chaeyoung se jogou ao lado dela, empurrando matos compridos com o corpo ao se sentar.

— Preciso que acredite que eu não fiz de propósito. Eu sei que você não quer filhos agora, mas preciso que saiba que se você estiver grávida, nem que eu trabalhe dias seguidos, você vai ter uma gravidez segura.

— Não é que eu não queira um filho agora. — Mina disse e Chaeyoung segurou sua mão.

— Nos tempos antigos seria estranho ter filho com tão pouco tempo estando juntas. — Chaeyoung disse e Mina mordeu seu lábio inferior. — Você quer se certificar de que dará certo, não é? O transplante de cromossomo.

— Em um mês vai ser a primeira tentativa. E se der errado e eu estiver grávida? Não vou ter tempo de trabalhar tanto com uma criança.

— Suas amigas nos ajudarão nisso e, bem, eu vou estar lá. Não é como se você estivesse sozinha nisso. — Chaeyoung disse e Mina encostou sua cabeça no ombro da menor. — Mas pense por outro lado, talvez você não esteja grávida. Sua menstruação acabou antes de ontem, os óvulos estão apenas amadurecendo ainda. Temos mais chances do que se estivesse no período fértil.

— Mas mesmo assim, a gente transou muito. Conheço a porcentagem de chance de estar grávida. — Mina disse e Chaeyoung a olhou.

— Desculpe. — Mina negou com a cabeça.

— Eu que peço desculpas, não deveria ter falado daquele jeito com você. — Mina disse e Chaeyoung passou um braço pela cintura da maior. — E se tivermos um bebê ele será bem-vindo.

— E se estiver, bem, faltarão só quatorze. — Mina riu e se aconchegou nos braços de Chaeyoung.

— Não teremos quinze filhos, esqueça esse sonho. — Mina disse e Chaeyoung riu.

— Está bem. — Chaeyoung disse sorrindo.

— E se eu estiver grávida, o vírus voltar e nosso bebê for menino? — Mina perguntou baixinho, deixando sua respiração tocar o pescoço de Chaeyoung. — Da outra vez morreram mesmo na barriga das grávidas, Chaeyoung.

— Não vai acontecer. O babaca do Hyunjin morreu. Não teremos outra catástrofe dessas.

— Eu tenho medo. — Mina confessou e Chaeyoung a abraçou mais forte. — Se essa merda voltar pode me tirar você.

— Eu não vou a lugar nenhum. — Chaeyoung disse acariciando as costas de Mina.

— Obrigada. — Mina sussurrou, sentindo um beijo em sua testa antes do silêncio se instaurar.

— Amor, estamos no mato. Podemos dar uma aqui para nos despedir com estilo. — Chaeyoung disse e Mina riu.

— Você não sossega esse pinto.

— Confessa que você gosta dele que eu sei. Ele é charmoso e bonitinho. — Chaeyoung disse.

— Ele é lindo. — Mina disse rindo. — Mas vou ficar com ciúmes desse amor incondicional todo que você nutre por ele.

— Amor só por você. — Chaeyoung disse e Mina ergueu a cabeça apressadamente.

— O que disse?

— Que amor só por você. — Chaeyoung disse, esboçando um sorriso singelo. — Não sei quando virou amor, mas eu te amo. — O coração de Mina acelerou e ela ficou sem expressão por algum tempo, até que finalmente sorriu abertamente. — Por isso vim me desculpar, levei semanas para voltar a te beijar, não quero te perder de novo.

— Está dizendo isso só para transarmos aqui? — Mina perguntou brincando.

— Mina, não pode levar tudo na brincadeira o tempo inteiro. — Chaeyoung disse o que Mina havia lhe dito uma vez e a maior riu.

— Eu tenho duas coisas para te falar. — Mina disse antes de depositar um beijo nos lábios de Chaeyoung. — Uma é que eu também te amo.

— E a outra?

— Não iremos transar no mato. — Chaeyoung olhou para o meio de suas pernas e suspirou.

— Ela é perversa, viu só, meninão? Deu a notícia boa para logo tacar gelo no meu rabo.

— Para de falar com ele como se ele fosse uma pessoa, Chaeyoung. — Mina disse e Chaeyoung negou.

— O meninão é da família, Mina. Eu sei, as meninas sabem e você também. — Chaeyoung disse naturalmente.

— Você está louca. — Mina disse se levantando.

— Ele foi meu único companheiro por anos. Não me critique. — Chaeyoung disse se levantando também. — É tipo onde o náufrago fala com uma bola, mas no meu caso são duas.

— Fica quietinha, meu amor. — Mina disse rindo, entrelaçando seus dedos nos da menor. — Agora vem, é hora de irmos embora. Adeus meio do nada e olá grande cidade.

— Sabe que vou precisar me esconder lá, não é?

— Só por esse mês, estou apostando no transplante e aí todo mundo vai poder ter filho e vão deixar minha namorada gostosa em paz. — Mina disse sorrindo e Chaeyoung assentiu.

— Se me pegarem e decidirem assassinar a dona do último pênis, peça para cortarem ele fora, não quero morrer. — Chaeyoung disse e Mina riu, começando a caminhar de mãos dadas com a menor de volta para o trailer.

— Estou ouvindo ele reclamar dizendo que isso é traição, porque ele diz que é da família. — Mina disse e Chaeyoung assentiu.

— Ele é, mas tenho chances de ser mãe, prefiro viver sem pinto do que não conhecer meu bebê. — Mina se virou para ela e sorriu encantada.

— Ele ajudou nesse processo. — Mina disse.

— Mas minha namorada é cientista e encontraria um jeito de ainda usar meus cromossomos Y mesmo sem o meninão. — Chaeyoung disse orgulhosa. — E ainda quero conhecer meu bebê.

— Sabe que ouvindo você falar assim dá até vontade de torcer para dar positivo? — Mina perguntou fitando as orbes castanhas.

— Então vamos voltar para o mato e foder o resto do mês todo lá que esse positivo sai. — Mina negou e selou os lábios de Chaeyoung.

— Não iremos transar.

— Droga. — Ela disse, deixando seus ombros caírem.

— Droga, comprei um binóculo a toa. — Sana gritou da janela do trailer ao lado e Mina a fuzilou com os olhos.

— Sana!

— O quê? Eu queria ver ele em ação.

— Veja pornô.

— Gosto de viver perigosamente, dá licença. — Ela disse entrando e Mina negou com a cabeça. Estava cercada de loucas.

O Último Pênis | MiChaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora