XVI - Acerto de contas

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Sett destravou a janela e a abriu, esticando os braços para que Aphelios pudesse segurá-los para se apoiar, mas para a sua surpresa, o rapaz simplesmente pulou da árvore em direção a sua janela, e mesmo que ele tivesse a agilidade para pousar no seu quarto sem a sua ajuda, o ruivo reagiu o pegando no ar e o direcionando ao seu colo, segurando-o pelas nádegas e lombar, fazendo-o abraçar seu pescoço e enlaçar seu quadril com as pernas. O cheiro de perfume suave agradou suas narinas no mesmo instante.

Sett viu a expressão de surpresa naquele rosto tão lindo e se derreteu ao ver um pequeno sorriso de contentamento. Os olhos obsidianos divagaram pelo seu rosto com um brilho que o deixava lascivo, e se construía uma expressão de luxúria enquanto as mãos gélidas caminhavam dos seus ombros até os bíceps descobertos. O coração de Sett reagiu acelerando.

— "Você é tão... forte." — Aphelios mexeu os lábios sob a completa atenção do ruivo, que o assistia já excitado.

— Você gosta? — Sett perguntou com a voz rouca, vendo Aphelios arrepiar de leve. Os olhos fixaram nos seus quando ele acenou positivo.

— "É a primeira vez que alguém me segura assim."

— Se depender de mim, vai ser a primeira de muitas.

E Sett se moveu, aproximando os rostos com os olhos colados nos lábios de Aphelios, que permitia sua aproximação. O frescor de menta da sua bala colidia com o de hortelã da dele quando as bocas se encontraram com tranquilidade. A maciez dos lábios convidava Sett para aprofundar mais o contato, e quando ambas as línguas se tocaram, se entrelaçam para compartilhar os sabores frescos.

A mão fria de Aphelios tocou seus fios vermelhos o fazendo arrepiar e apertar o corpo contra o próprio, aumentando o envolvimento dos lábios e das línguas, fazendo o outro suspirar pelo contato, agradado pela situação. Sett sentia que Aphelios tinha o hábito de dominar, e por mais que desejasse prendê-lo e fazer tudo o que podia com aquele corpo, descontando todo o prazer que sentia desde a primeira rejeição, Settrigh queria fazer as coisas do jeito certo. Portanto ele caminhou com o Lunari no colo até chocar as pernas na cama e se sentar, mantendo-o em cima de si. Sentiu Aphelios sorrir entre o beijo, particularmente a coisa mais deliciosa que poderia existir, e quando o corpo dele se moldou ao seu, encaixando-os desde os rostos, os peitos, até as virilhas e as pernas dele ao lado de suas coxas, a intimidade do maior ficou ereta no mesmo instante, sendo recebida pela do moreno, igualmente excitado.

Sett ousou descer as mãos da cintura até as nádegas de Aphelios, se deleitando ao sentir como elas eram redondas, tão macias quanto musculosas, e que apesar de pequenas devido ao corpo esguio, se encaixavam perfeitamente bem sob seus dígitos. Quando as apertou devagar, mas persistentemente, sentiu Aphelios soltar um suspiro surpreso contra seus lábios.

Mas Sett foi tirado da sua zona de conforto no mesmo instante, quando sentiu as mãos de Aphelios sobre seus pulsos, segurando-os e os levantando acima de sua cabeça, e os unindo em apenas uma mão, o moreno usou a outra para derrubá-lo na cama, o surpreendendo.

Era a primeira vez que Sett via alguém querer dominá-lo, e por ser Aphelios aquilo havia o agradado até demais. Vê-lo em cima de si, com aquela expressão coberta de luxúria enquanto deslizava a mão até suas bochechas e as apertava ao aproximar seu rosto de suas orelhas, fez seu membro doer por estar coberto.

Não leva a mal... mas eu não posso perder a oportunidade de domar um lobo.

Sett gemeu na hora ao ouvir aquela voz sensual sussurrada direto em sua orelha sensível, e ao sentir uma leve mordiscada, seu corpo entrou em chamas. Mas antes que reagisse, seus braços foram impedidos pelo peso de Aphelios, e para a sua doce surpresa, sentiu algo gelado em seus pulsos e um barulho vindo disso chamou sua atenção. Olhando para suas mãos, percebeu que Aphelios havia o algemado.

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