𝗘𝗦𝗦𝗔 É 𝗔 𝗩𝗜𝗕𝗘

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𝟬𝟳𝗵 | 𝟬𝟰

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𝟬𝟳𝗵 | 𝟬𝟰.𝟬𝟭.𝟮𝟬𝟮𝟯 📍 𝙏𝙧𝙖𝙣𝙘𝙤𝙨𝙤 - 𝘽𝙖

Sim, são sete da manhã e eu já 'tô de pé, eu não, nós. Eu, Peu e Duda.
Agora a gente tá no carro, a caminho da primeira praia, a tal Praia do Espelho. Vimos muita gente falando bem dela e tal, pegamos algumas dicas porque pelo que falaram, é de difícil acesso. Espero que seja tão linda quanto as praias do RJ, caso contrário eu vou ficar puto.

Canto o refrão da música do Matue balançando a cabeça no ritmo e batendo os dedos no volante.
Uma coisa sobre mim é que eu sou eclético. Escuto de tudo mano, desde um funk pesadão que ofende todas as minorias até um reggae tranquilo falando sobre paz. Ai no meio tem rap, trap, boombap, pop, samba, pagode, brega...
Viva a diversidade.

Abaixo o volume do som e grito um "filha da puta" pro cara que avançou o sinal vermelho quase atropelando um cachorro.

— Jota! — Duda adverte.

— Tomar no cu! Fico puto com uma coisa dessas. — Digo ainda indignado e passo a mão no rosto.

Espero o sinal ficar verde e acelero.

Vejo o carro que avançou o sinal vermelho encostado enquanto alguns policiais "conversam" com o motorista, que já está no lado de fora.

— Se fodeu! — Grito e acelero ainda mais.

É nessas horas que eu me arrependo.
Levei um tapão no braço, Duda tem força, por incrível que pareça. Reclamo da ardência e ela tira com minha cara, falando "eu acho é pouco".

Essa menina é um Pincher.

Abro todos as janelas do carro, pra bater um vento e vejo a exata hora em que entra alguma coisa no olho de Pedro e ele da um grito.

— Caô cara, tá de sacanagem. — Ele fala coçando o olho, eu não me aguento na risada.

Sorrio vendo ele pausar o drama pra mandar dedo do meio.

— Homem é tudo fresco, puta merda! — A um metro e meio fala. — Deixa eu assoprar pra ver se sai.

Enquanto isso eu 'tô suave no volante, só vendo a tragédia.

São alguns minutos de puro caos, até a hora em que percebemos estar na praia. Tipo assim, não na praia mesmo, mas no local onde fica a praia. Perguntamos pra um moço que 'tava sentado na porta de um restaurante como fazia pra chegar na parte de baixo da praia, ele explicou tudo certinho e a gente seguiu.

— Confia no pai. — Digo confiante.

— Eu tô impressionada com o valor dos restaurantes daqui, cara. Só frequenta esses lugar quem tem muita grana mesmo. — Duda começa.

E é aí que a gente inicia uma conversa de dez minutos só falando mal do preço das coisas aqui. Nos mercadinhos e lanchonetes até que não, mas nas hospedarias, nos restaurantes e em algumas lojas o preço é salgado demais.

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