𝗠𝗢𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦

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𝟭𝟳𝗵 | 𝟭𝟴

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𝟭𝟳𝗵 | 𝟭𝟴.𝟬𝟮.𝟮𝟯📍𝘼𝙣𝙜𝙧𝙖 𝙙𝙤𝙨 𝙍𝙚𝙞𝙨 - 𝙍𝙅

— FLAMENGO PORRA! PENSEI QUE NÃO IA VOLTAR, CARALHO! — Corro pelo quintal. — Meu pau pra ti, Vitor Pereira! Isso mérito é dos crias!

Matheus Gonçalves acabou de meter um gol lindo no Resende. Porra, o Flamengo tá uma merda, o Vitor Pereira saiu direto do colo do satanás pra vim acabar com o clube. Um gol 'tá sendo milagre. Santos não pega nenhuma bola.

— Esse menino vai infartar, misericórdia! — Minha mãe fala. — Se controla, João Vitor! Não tá no Maracanã não, filho.

Beijo o escudo do meu time antes de entrar em casa, atendendo o pedido da minha coroa.

Se vocês quiserem saber como eu 'tô: 'Tô bem demais. Muito, muito bem mermo. Felicidade me resume. 'Tô por aí, fazendo merda, curtindo.

Curtindo meu Rio.

Volto a atenção pra TV quando o narrador se empolga na narração. Mais um gol. Ayrton Lucas é o nome do homem.

— Não tem jeito, caralho! — Grito, enlouquecido.

— Isso, Flamengo! Esse é o Flamengo que eu gosto! — Minha irmã comemora também, correndo pela casa.

Tiro imediatamente o celular do bolso e entro no whatsapp com pressa.

— Ae Kauã! Chupa, porra! — Filmo a TV, dando zoom no placar.

Ele me pirraçou a semana inteira por conta da má fase que o Flamengo está passando.
Duvidou que o Flamengo ia ganhar hoje, até eu duvidei, mas quem ama suporta tudo.
Sento no sofá, respirando o que não respirei nesses minutos e deixo o celular de lado.

— Sabe o que eu tive vontade lá na Bahia? — Começo a falar, lembrando de uma conversa que tive com alguém.

— O que? — Todos perguntam em uníssono.

— De surfar. — Falo. — Vi uma galera surfando, vi umas pranchas maneiras, quis demais.

— Pô, eu aposto que deve ser maravilhoso. Imagina tu tá literalmente deslizando na água. — Roberto diz, me entendendo.

— Morro de medo, mas acho lindo. — Minha mãe confessa.

Começamos a conversar sobre isso e outras coisas enquanto o jogo acaba.
Me distraio quando a tela do meu celular acende com uma notificação: "bora colar no campo hoje?"
É um dos meus amigos.
E como eu não sou de dispensar rolê, confirmo minha presença. Tem um tempo que não paro pra jogar bola, esse é o momento ideal.

Falo pros meus pais e ando pro quarto para colocar a roupa certa.
Pego uma camiseta, uma bermuda, um par de meias e a chuteira que eu não encosto tem uns meses. Coloco tudo, borrifo perfume por todo o meu corpo e sento na cama, esperando dar o horário.

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