𝗗𝗘𝗦𝗣𝗘𝗗𝗜𝗗𝗔

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𝟭𝟭𝗵 | 𝟬𝟴

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𝟭𝟭𝗵 | 𝟬𝟴.𝟬𝟭.𝟮𝟯 📍𝙏𝙧𝙖𝙣𝙘𝙤𝙨𝙤 → 𝙎𝙖𝙡𝙫𝙖𝙙𝙤𝙧 - 𝘽𝙖

— A gente se encontra de novo? — Ela pergunta me olhando nos olhos.

Tem que encontrar.

— Ainda. — Roubo um selinho dela sem que ninguém veja e dou um sorriso com sua timidez.

Engraçado que ela consegue ir de ousadia pra timidez em um piscar de olhos.
Deixo-a sorrindo e caminho até os manos para me despedir.

— Brother, vocês são foda. 'Brigadão aí, 'cês ajudaram demais. Vocês têm uma vibe surreal. — Bato na mão de Martins.

— Foi um prazer receber vocês, parceiro. Cola aqui mais vezes, pô, nois recebe na maior alegria. — Ele diz me abraçando rapidamente.

Abraço Santos, que dá tapas nas minhas costas.

— Valeu por tudo aí, mano. — Agradeço.

— Que nada, foi massa receber vocês. — Ele responde.

Amaral me abraça e dá um tapa em minha nuca.

— Tchau, loucão. — Ele diz.

— Tu é retardado, mas eu gostei de tu. — Falo. — Vê se para de vício irmão, papo reto.

Finjo aconselhar.

— Depois tu me arruma ceda e maconha. — Falo baixinho e ele cai na risada.

Pô, eu criei uma relação com esses caras, já considero pra caralho.

Entro no carro, no banco de trás e espero Duda pra Peu dar partida no carro.

Vejo ela mandar beijo no ar e correr, entrando no carro.

— Vamo que vamo. — Diz sorrindo.

No fundo nós três já estamos sofrendo, pô eu simpatizei demais com essa gente daqui.

Pedro buzina e dá partida, eles gritam e fazem bagunça e eu olho pra Luna, que está com um sorrisinho.

Agora vamos pra Salvador, resolver uns negócios, mostrar pro dono do carro que o carro está em segurança e partiremos pra Porto. 'Tô animadão pra Porto, fui sorteado pra uma batalha lá.

— Eu 'tô segurando esses dias tudo pra não falar nada, mas te falar irmão, você junto com a Luna, cara, teve muita química. — Pedro fala do nada.

— Ah, não começa 'menó! — Repreendo ele.

Começo logo a falar sobre outras coisas pra distrair ele.

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Tiro o cinto e desço do carro

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Tiro o cinto e desço do carro. Dou uns pulos pra esticar as pernas e espero o casal pra entrarmos no restaurante.
Eles andam até mim e nós adentramos o pequeno lugar. O cheiro da comida está me fazendo salivar.
Falo com o atendente e ele nos instruí. Faço meu prato, peso na balança e sento na mesa pra comer.

— 'Tô ansiosa pra Porto. — Duda fala chegando com Peu na mesa.

— Pelo que falam lá é um dos melhores lugares. — Comento.

— Papo reto, as fotos que eu vejo de lá são incríveis. — Peu continua.

Paro de conversar e foco no prato de comida que tem um ótimo cheiro.

Olho o celular pra ver se tem alguma mensagem. Mais especificamente de uma pessoa aí. Não encontrando nada, apago a tela e continuo amassando tudo o que tem bem na minha frente.
Enquanto isso, penso tudo o que aconteceu nesses dias. Muito louco pensar que eu vi essa galera em Salvador enquanto batalhava e quando cheguei em Trancoso achei eles que coincidentemente viraram meus amigos e me ajudaram pacas. 'Tô felizão. Eu realmente quero voltar lá, ver eles mais vezes, não quero perder contato.
Gostei bastante do lugar também, energia Incrível.
O bom de viver viajando é que eu nunca vou ter aquela sensação de "voltar a realidade" quando tiver saindo de uma cidade que passei porque eu vou estar indo pra outra, não pra minha casa. É bom ser desapegado.
Tem apenas algumas coisas que eu sou apegado, que é Deus, minha família, alguns amigos, batalha de rima e Flamengo.
Acho que quando eu tiver uma mulher e filhos, provavelmente vou ser muito apegado a eles, até mais do que sou com algumas das coisas que citei, mas isso a gente vai descobrir né.

Saio dos pensamentos quando percebo que já terminei e os dois já terminaram também, levantamos, esticamos o corpo, vamos ao caixa, pagamos pela comida e pelo tempo que ficaremos. Depois disso seguimos para nosso quarto, onde tem três camas de solteiro e um guarda roupa. Pego minha mochila cheia de spray e fosca, aviso a Pedro e saio da pousada andando pelas ruas sem rumo.
Eunápolis é o nome daqui.

Pego um beco onde acho um muro perfeito que aparentemente não é de nenhuma casa ou comércio. Coloco a mochila no chão, pego o spray e começo a pichar.
Outra coisa que eu gosto é a pichação, mas não pratico tanto, só em cidades que eu estou apenas de passagem.

"Joota" é minha tag, deixo ela sempre que posso.

Termino, tiro uma foto do muro e começo a andar mais um pouco, observando as ruas, mas sempre na minha.
Passo por um lugar onde tem um cara encostado na parede, fumando um baseado. Ele acena com a cabeça e eu aceno de volta.
Vendo esse cara eu lembrei do Amaral, que me levou a pensar na Luna. Dou um sorriso envergonhado com o pensamento e começo o caminho de volta pra pousada. Preciso dormir nem que seja por uma hora. Vejo a fachada do lugar e adentro, passando pela recepção e indo para o quarto. Passei por uma mina bonitinha e ela sorriu.

Entro no quarto e como já esperado, o casal já tá dormindo, então apenas tiro o tênis e me jogo na cama.

Só não sei se foi uma boa ideia, o colchão é 'mó fino.

Em questão de minutos eu já estou apagado.

Em questão de minutos eu já estou apagado

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