Na madrugada me perco pensando em você
Planejando o que vou falar quando eu a ver
Vontade de te agarrar e não soltar mais
A beleza que inspira todos os toques naturais
De todas as mulheres, ela é a mais bela
Seu jeito de menina, seu olhar me inspira...
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𝟴𝗵𝟬𝟬 | 𝟮𝟰.𝟬𝟳.𝟮𝟯📍 𝙎ã𝙤 𝙋𝙖𝙪𝙡𝙤 - 𝙎𝙋
Ando rápido até demais a caminho da cafeteria, a ponto de sentir uma leve dor em meus pés. O negócio é que eu acabei de sair de uma sessão de fotos que estou fazendo pra uma revista da Grazia, e tenho quinze minutos pra comer alguma coisa, passar no hotel, tomar um banho e correr pra outra sessão onde vou modelar pra uma marca de jóias.
Tento raciocinar enquanto desvio de todas as pessoas que passam por mim com tanta pressa quanto eu. Aparentemente em São Paulo todos vivem assim, no caos da pressa. Prefiro mil vezes um lugar mais calmo e menos urbano. Outra coisa que tenho pra reclamar de SP, é um lugar cinza, de tanta poluição. Em alguns pontos, mais especificamente no Centro, os olhos ardem. Fala sério, como tem pessoas que conseguem viver assim? Acho que elas nem vivem, só existem.
Entro empurrando a porta de vidro com bordas de madeira e ouço o sino soar pelo lugar avisando que têm uma cliente.
— Bom dia, em que posso ajudar? — A moça não tão velha me atende gentilmente.
— Bom dia. Quero um croissant, por gentileza! — Peço.
Ela assente e pergunta sobre algo pra beber, peço um café com leite e sigo para a mesa.
Logo me trazem o pedido e eu como tudo com certa rapidez. Pago e saio praticamente correndo, atravessando a rua no meio dos carros.
Por sorte, o hotel que estou hospedada é exatamente nessa rua, de frente pra cafeteria. Entro no hotel e sigo direto pro elevador. Quando ele para no andar certo eu disparo indo para o meu quarto. Abro a porta, fecho e corro pro banheiro tirando as peças de roupa e deixando a bagunça pelo caminho. Tomo um banho muito rápido e coloco outro look e outro tênis. Saio na mesma agilidade em que cheguei e desço no elevador implorando pra que ele vá mais de pressa.
Quando dou por fé já estou na calçada, andando entre as pessoas.
Sinto algo amassando o meu pé e xingo silenciosamente.
Desgraça!
Respiro fundo e tento deixar de ser tão amargurada, tenho que me acostumar com essa agitação, vou ficar aqui uma semana.
Mas acontece outra coisa pra me fazer perder a linha. Um homem assobia e diz algo como "oh, lá em casa". Que nojo.
Nem olho pra trás para não perder o foco e desejo mentalmente que esse verme tenha uma doença no pau.
Dois minutinhos quase correndo e cheguei no local com antecedência.
— Licença, bom dia! — Encosto no balcão de mármore e digo alto, chamando atenção da moça que organiza uns papéis.
— Bom dia. — Ela conserta os óculos em seu nariz. — É a modelo Luna Agnes?
— Eu mesma. — Respondo contente por ela me reconhecer, nem sei como.