Capítulo 4

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EDUARDA

Senhor Fontana guarda o celular no bolso e olha para minha irmã logo uma BMW estaciona em nossa frente e Marcio um dos seguranças da boate desce do carro, Fontana abre a porta de trás e entro junto a minha irmã que continua a chorar baixinho. Enzo se acomoda no banco do passageiro da frente, vejo sua feição fechada e seus suspiros irritado.

- Vitória avise Thiago para que fique no lugar de Eduarda! Diz a ela que confirma e saímos dali.

Cerca de meia hora depois entramos na delegacia e um policial nos acompanha até a sala do delegado. Esse que ao ver Fontana vem em sua direção e o abraça.

- Esse é meu Primo Vicente! Fontana diz e apenas aceno enquanto o delegado olha para minha irmã.

- Então em que posso ser útil?. Sua voz grossa faz minha irmã se encolher em medo e tento acalma-la.

- Quero denunciar meu pai por agressão! Aponto para minha irmã e ele fecha as mãos em punho quando ela o encara mostrando seu rosto que estava com uma mancha vermelha.

- Você pode me contar o que aconteceu pequena?. Ele mantém um tom de voz gentil.

- Ela não fala senhor! Digo a abraçando ainda mais quando ele se aproxima e ela me agarra forte, o vejo suspirar e se afasta. - Eu irei traduzir para o senhor! Minha irmã começa falar em libras e vou falando ao delegado que escreve em seu computador. Do meio pro fim meus olhos já estavam marejados novamente, minha voz estava trêmula assim como meu corpo por puro ódio contido, Ficamos ali por um tempo enquanto esperava Enzo que foi buscar os documentos de Clarisse no carro do Fontana que está sentado na cadeira a meu lado enquanto conversa em um idioma que não conheço. Enzo chega com os documentos e entrega seu celular para o delegado com a mensagem do pedido de ajuda que minha irmã o enviou para por como prova também.

-Um emoji?. Ele olha confuso a mensagem.

-Como eu disse minha irmã não fala, e como ela ainda está sendo alfabetizada sua escrita e leitura não são tão boas, então ensinei essa tática a ela de se comunicar por emojis quando eu não estivesse por perto e como o senhor pode ver o emoji enviado foi de sirene, a ensinei a usa-lo quando ela estiver precisando de ajuda, principalmente se for em relação ao nosso pai! Digo é ele afirma em entendimento. - Ela me enviou também mais como estava muito ocupada no trabalho eu não ví! Digo a me sentindo culpada por isso.

- Foi muito inteligente de sua parte senhorita Viana! Diz e termina de fazer o B.O ele me entrega uma solicitação e nos manda para o IML para fazer o corpo de delito, nos avisando que sua esposa Legista já estaria a nossa espera.
Saímos da delegacia e vamos para o local, ao chegarmos lá Fontana faz uma ligação e logo uma mulher nos atende.

Fazemos os exames tudo certinho e saímos do local com minha irmã já adormecida em meus braços, vamos novamente para a delegacia depois de recebermos a ligação do delegado nos informando que meu pai foi detido, chegamos no local e vejo meu pai sentado na cadeira quase caindo de tão embriagado, alguns de seus amigos estavam junto a ele.

- Esses homens estão sendo detidos como cúmplices já que testemunharam a agressão e não fizeram nada para impedi-lá! Ele olha severo para os homens algemados.

- Não me admira muito eles não terem impedido, já que são uns vermes igual seu amigo! Digo enojada e eles me olham com raiva.

- Você me denunciou sua vadia?. Sua voz grave denuncia sua raiva mesmo sobre o efeito do álcool não duvido nada que ele me bateria também se não estivesse algemado.

- Sim o fiz, um covarde como você tem que está atrás das grades! Digo puta também. - Enquanto era só eu o alvo da sua covardia eu aguenteva por causa da minha irmã, pode fazer qualquer coisa comigo mas nunca aceitarei que machuque Clarisse, Sempre irei protege-la de covardes como você nem que me torne a pior pessoa do mundo para isso! Digo e o vejo ficar calado.

Nas garras do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora