Capítulo 9

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                           Eduarda

               
                     ...4 dias depois...

Voltei a trabalhar mesmo sobre uma briga diária com Fontana que insite em me levar para o trabalho.

- Qual a droga do problema em te levar? Nós vamos para o mesmo lugar, então não tem porque você ficar gastando dinheiro atoa! Ele diz irritado e suspiro pela décima vez em menos de meia hora.

-O problema é que não quero ficar mal falada ao me verem saindo do seu carro! Digo e ele bufa.

- Deixe que falem! Revira os olhos.

- Pra você é fácil esse tipo de situação, pois não vai pegar os xingamentos, não irão te chamar de interesseira, marmita do chefe, vadia, vagabunda, piranha, puta, entre outro adjetivos perjorativos! Digo já estressada. - O máximo que vão falar de você é te chamar de louco por andar com uma mulher como eu por ai! Ele me encara com raiva.

- E o que há de errado com você?. O olho com uma sobrancelha arquiada, e ele me encara de cima a baixo.

- Só pode está se fazendo de sonso não é possível!Ele continua a me encarar e bufa entrando no carro indo embora.

-Menina você ainda vai deixar esse homem louco! Dona Alice aparece do nada me assustando a fazendo rir.

- Ele que lute dona Alice, sou uma mulher teimosa e como eu disse a ele não irei ficar pegando nomes perjorativos por causa dele não! Digo chamando um Uber.

- Menina as pessoas irão falar de você, seja para o bem ou para o mal, só basta você decidir se vai se abalar com a língua venenosa dos outros ou vai aproveitar as oportunidades que a vida lhe dá sem se importar com que eles digam! Fico pensativa e acabo por afirmar.

Entro na boate e já vou direto para meu posto começo atender os clientes, vejo Bruna se aproximar e respiro fundo pedindo paciência a tudo que a de sagrado e poderoso nesse mundo, hoje não estou nos meus melhores dias, sou a favor da sororidade feminina, mas do jeito que estou hoje eu mando essa união para puta que pariu e desço a garrafada por cima da cara dela.

Antes que ela chegue até mim vejo Fontana agarrar seu braço e a puxar para longe e agradeço a ele, pois não queria gastar meu réu primário com essa mulher não. A noite acabou até que rápido já que hoje a boate foi reservada para uma despedida de solteiro, vejo os seguranças fechando as portas quando todos saem e começo a organizar e limpar meu local de trabalho. Vou até o estoque pegar uma garrafa de Rum e sinto um puxão em meu couro cabeludo me fazendo cair sentada, olho pra cima e Bruna me encara com raiva.

- Eu sei que você está morando com Diego! Diz puta e sorrio me levantando.

-E daí? Indago encostando na estante tentando esquecer a dor no meu couro cabeludo.

- Você é uma vadia, sempre se fazendo de Santa na frente dos outros enquanto está dando para o chefe! Sorrio mais largo.

- Não tenho culpa se ele fode tão gostoso, só de pensar em suas mãos grandes apertando todo meu corpo enquanto sua boca me chupa gostoso, aí chega arrepiei! Digo maldosa a vendo ficar vermelha de tanta raiva, pego a garrafa de Rum e saiu dali a ouvindo bufar. Vejo senhor Fontana encostado na parede do corredor e tenho certeza que ele ouviu tudo passo por ele sem nem olha-lo e ouço sua risada.

Coloco a garrafa de Rum na prateleira e vejo Bruna passar igual um foguete para fora do estabelecimento, senhor Fontana se aproxima e se senta no banquinho.

- Vai comigo? Olho para ele que desabotoa dois botões de sua camisa e afirmo, avisto uma letra tatuada em seu peito e não contenho a curiosidade me aproximo e afasto um pouco a sua camisa vendo que era a palavra "Cloud" tatuada ali, passo a ponta do dedo nas letras bonitas e ouço seu suspiro, me afasto rapidamente e desligo as luzes de led da estante de bebidas e pego a minha bolsa no compartimento do balcão.

- Vamos? Ele afirma se levantando e colocando o banquinho de volta no lugar, passo por ele e quando saímos do estabelecimento seu carro já está estacionado ali, olho ao redor vendo poucas pessoas ali perto, ele abre a porta para mim e me acomodo no banco de couro respiro fundo sentindo o seu perfume impregnado dentro do carro invadir meu nariz e pela primeira vez percebo o quão gostoso é essa fragrância.

- Qual perfume você usa? Ele me olha confuso. - É por que eu gostei, ele é amadeirado mais não ao ponto de deixar a fragrância travosa! Falo e respiro fundo apreciando o fragrância que realmente é muito boa.

- Travosa? Indaga tirando a atenção rapidamente da estrada e me olhando, e prestando atenção novamente na estrada.

- Sim, como posso te explicar!digo Pensativa tocando meu lábio com o indicador. - Sabe quando você come algo muito azedo e você sente seu maxilar dar uma leve travada? Ele afirma. - Então quando digo que o perfume é um amadeirado travoso é tipo isso, o Malbec por exemplo é um amadeirado que trava quando você o usa em excesso, e chega até ser enjoativo ficar perto de pessoas que usam ele, pelo menos eu fico assim! Admito a ele que rir.

- É a primeira vez que ouço falar sobre isso! Diz ainda rindo e dou de ombros.

-Mas esse que você usa é um amadeirado sutil e gostoso de se sentir! Digo sorrindo.

- Malbec é um dos meus favoritos, e jurava que todas as mulheres gostam de homens que o usam! Tira sarro.

- Então não sou uma mulher, pois a única vontade que tenho quando sinto alguém usando esse perfume é correr para o mais longe possível, além do mais ele gruda como uma sanguessuga na roupa, uma vez na faculdade meu amigo Romis estava usando ele e me abraçou o cheiro ficou impregnado em mim, então pedi para a professora me deixar ir embora pois já estava ficando com dor de cabeça por causa dessa merda, quando cheguei em casa quase arranco minha pele só de esfregar e gastei quase meus produtos de cabelo todo para tirar esse cheiro desgraçado! Faço careta, pois só me lembrar disso me deixa irritada.

Fontana rir.

- Você é uma pessoa muito estressada Eduarda em 5 minutos de conversa sobre perfume você já está quase para ter uma síncope! Relata e lhe dou um tapa em seu braço emburrada.

Pego uma mecha de meu cabelo e começo a brincar, vejo que o mesmo está um pouco danificado por conta da chapinha e secador que usava de 4 em 4 dias.

- Seu cabelo é muito bonito natural Eduarda, te deixa com um ar mais Jovial! Opina e o olho.

- Está me chamando de velha! Murmuro numa falsa indignação.

-Não, quero dizer que ele te deixa com aparência mais leve! Fala rápido e gargalho.

- Eu deixava sempre meu cabelo escovado porque não tinha muito tempo para ficar cuidando, pois tinha que ir para a faculdade de manhã, quando chegava só fazia o almoço e ia trabalhar na lojinha de seu Alcides e quando saía ia direto para a boate, então não tinha como cuidar do jeito que esse tipo de cabelo precisa! Ele me olha estranho.

- Quando você descansava? Questiona um pouco irritado.

- O único descanso que tinha era a noite de folga da boate, já que trabalhava no final de semana na loja de seu Alcides até às 15:00 horas e o resto do dia fazia os trabalho pendentes da faculdade e ainda tenho a minha irmã para cuidar! Suspiro. - É por isso que sou tão estressada, Enzo me disse que o estresse e puramente o cansaço acumulado! Informo olhando meu celular que tocou indicando uma notificação e vejo ser uma mensagem de Enzo, abro a mensagem e baixo a foto que ele me mandou onde ele está na sala de reunião junto a seu chefe e um monte de homens de terno.

" Por que tão chato? estou pensando seriamente em trocar de setor!" Rio.

"Olha pelo lado bom, depois disso irá ser bem recompensado 😏" respondo.

" Ansioso🤤"

"E você meu anjo está em casa?".  Visualizo.

                   "Ainda estou no carro!" Respondo e leio que o mesmo está digitando.

"Carro com quem?"

Tiro uma foto de Fontana e o envio fechando o WhatsApp, pois sei que ele me enviara um monte de mensagem surtando. Vejo seu número aparecer em minha tela e desligo rindo do seu desespero quando seu número aparecer novamente.

Nas garras do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora