Capítulo 2

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                              Eduarda

Quando sai do trabalho já passava das 02:30 da manhã sorte minha que Enzo me trouxe para casa, mesmo receosa por ele está alcoolizado mas graças ao todo poderoso cheguei bem e segura. Ao entrar em casa já começo a sentir raiva quando vejo meu pai jogado no sofá junto a uma mulher e várias latas de cerveja espalhadas na mesa de centro e no chão.

- O gás acabou! Ele diz sem nem me olhar.

- E por que ao invés de trocar você gastou dinheiro com bebidas e prostituta?. digo vendo o olhar indignado da mulher.

- O dinheiro é meu eu gasto com o quiser! Diz se alterando e tenta levantar mais está tão bêbado que não consegue ficar em pé direito.

- Tão patético! Vou para meu quarto e destranco a porta já que não confio em deixá-la somente encostada pois aqui em casa vive cheio de homens e meramente não me sinto segura aqui, mas tenho que segurar as pontas enquanto não arrumo um cantinho para mim e minha irmã, olho para Clarisse dormindo tranquilamente em meio aos lençóis de estampa florais.

Sorrio me tranquilizando e vou para o banheiro e tomo um banho rápido pois a água estava muito fria. Coloco uma camisa velha que uso de pijama e me deito junto a Clarisse acariciando suas madeixas ruivas bagunçadas.

- As coisas irão melhorar pequena, me esforçarei bastante pra isso! Beijo seus cabelos e acabo dormindo para ir a faculdade em algumas horas.

Acordo com meu celular tocando e vejo ser o senhor Fontana, olho o relógio e já passa das 09:30 e me amaldiçou por ter dormido demais e perdido o horário de ir a faculdade.

- Alô? Atendo quando ele liga novamente. - Alô! Digo novamente após não ouvir nada. - Alô? Escuto apenas um suspiro.

- Te acordei? Diz baixo.

- Sim! Levanto sentando na cama. - Do que precisa senhor? Ele gruni e uma pontada de preocupação surge em meu peito. - Está passando mau?. Questiono me levantando da cama com pressa, pois apesar de nossas desavenças e uma ruim convivência, não o negaria ajuda caso precise. Pela primeira vez ouço sua risada, e isso me causa um arrepio estranho pelo corpo.

- Não estou, mas eu preciso que venha urgente na boate preciso que traga uma lista atualizada do estoque para fazermos os pedidos das que estão sendo mais consumidas! Diz e reviro os olhos.

- Senhor a lista está no balcão e só verificar! O informo e sinto uma mãozinha tocar minhas costas, olho para trás vendo minha irmã com o cabelo todo assanhado me fazendo rir. - Bom dia amor! Beijo sua bochecha. - Dormiu bem?. ela me responde em linguagens de sinais por causa de sua mudez, sorrio para ela que arruma os cabelos com as mãos e olha para a janela.

- Quem é? Ouço a voz de meu chefe novamente já tinha até me esquecido.

- Então achou a lista?. Questiono e ele fica em silêncio.

- Eu quero que venha aqui EDUARDA! Fala alterado ao pronunciar meu nome e me pergunto se esse homem é bipolar.

- Certo, mas vou levar alguém! Desligo na sua cara, pois não estou afim de ouvir merda essa hora da manhã.

Levanto e pego minha irmã indo para o banheiro e tomamos banho juntas, coloco um vestido leve nela e em mim já que está fazendo muito calor e saímos de casa indo até a padaria aqui perto comprando nosso café da manhã e logo ao terminar fomos para o ponto de ônibus ao qual não demora para chegar e agradeço por não esta lotado. Uma hora depois chego em frente à boate pego minha irmã no colo e entramos pelos fundos não encontro ninguém, me dirijo a sala do senhor Fontana acompanhada de Clarisse e ouço gemidos vindo de dentro, já que a porta estava entre aberta, dou meia volta e saiu de dali com minha irmã.

Nas garras do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora