Capítulo 24 (🔥)

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*Pov Marília Mendonça*

Nos arrumamos, tomamos um banho rápido apenas para tirar a areia e o sal do corpo e do cabelo, eu coloquei uma calça jeans preta rasgada no joelho e um cropped branco com uma alça só e para concluir um all star branco que eu amo, a Maraísa me deu eles uma vez quando saímos juntas. Fiz um coque bem desleixado e passei meu perfume, fiz apenas um delineado e coloquei um batou vermelho, eu estava deslumbrante. Ao sair do banheiro, Maraísa me esperava na cama, ela estava linda, tinha um vestido vermelho de apenas uma manga, seus pés tinham agora uns belos saltos pretos. A morena tinha seu cabelo preso em um rabo de cavalo milimetricamente calculado e seus olhos tinham um delineado semelhante ao meu assim como a sua boca também vermelha.

- Você está perfeita, meu amor!- esclamei a olhando de cima a baixo, a mais velha corou violentamente e escondeu seu rosto com as mãos.- Eu já falei que vc fica uma graça toda vermelhinha?- quando ela chora ou fica corada, seu rosto fica vermelho, mas algumas regiões apresentam pequenas manchinhas brancas.

- Meu Deus, Marília PÁRA!- deu um tapa no meu braço e saímos de casa.

Caminhamos ao longo da areia por alguns vagos minutos, a festa parecia animada, a música alta se propagava pelas partículas de ar adentrando nossos ouvidos, tocava algum funk, que não sei o nome mas sei a letra, funk é comigo mesma! Pode me chamar de MC Marília Mendonça, chegamos perto do barzinho e abrimos a porta, a música estava alta e por todo o lado haviam holofotes, maior parte deles iluminavam o centro do bar, onde algumas pessoas dançavam descontraídas. O lugar era bem decorado tinha um palco, onde talvez tocassem música ao vivo, tinha uma pista de dança bem colorida, tinha um bar gigante e em cada parede tinha pelo menos umas 3 caixas de som. Maraísa me olhou com os olhinhos brilhando.

- Amor, vamos pedir algo pra beber?

- Você ainda pergunta, Mendonça sem bebida não é Mendonça, vamos nessa!- caminhamos de mãos dadas até ao bar o barman olhou para Maraísa de cima a baixo a secando por completo.

- Mano, faz um drink pra nós? - perguntei fazendo o cara virar seu olhar para mim e depois para nossos dedos entrelaçados e então deu um tapa na testa e um sorriso simpático.

- Claro patroa, quê que cê manda?

- Faz um sex on the beach, pra mim? Amor, quer o quê?

- Hum, uma marguerita, classica.

- Vou fazer aqui pra vocês.- o moço começou a fazer o drink e explicou tudo o que fazia passo a passo.- Moça, acho que conheço você, é aquela empresária famosa, a Marília, Marília Mendonça né?

- Isso mesmo, eu sou a Marília e essa é minha namorada, Carla Maraísa. E vc, como se chama?

- Sou, Eduardo!- se apresentou e estendeu a mão que prontamente apertei e Maraísa fez o mesmo.- Podem chamar de Edu. Gostei, de vocês, pega aqui.- ele estendeu um pedaço de post-it amarelo com seu número, gostei desse cara.- podem me chamar ai, aqui têm os drinks de vocês.

- Obrigada, Edu! Qualquer dia marcamos um rolê por ai, não moramos assim tão longe.

- Fico esperando por um contacto, não me deixe pendurado, Mendonça!- ele riu e eu ri junto, acompanhando sua risada.

Maraísa e eu caminhamos até á pista de dança, onde pessoas dançavam divertidamente, talvez pela quantidade de álcool em suas veias. No fundo tocava um funk pesadão e algumas garotas rebolavam até ao chão no ritmo da batida, quando menos esperava, Maraísa largou minha mão e correu para a pista, fiquei na varandinha onde estava, apenas observando seus movimentos. Ela caminhou com sua taça na mão até á pista de dança ficando na minha frente, meus olhos pararam, estagnando minha visão nela. O funk tinha mudado, agora tocava uma música lenta e incrivelmente excitante. Parecia perfeita para aquela ocasião e a empolgação estava estampada no rosto de Maraísa, um sorriso de canto surgiu em seus lábios e seus olhos se encontraram com os meus, a cor marrom de seus olhos não existia mais, seu olhara agora era ira, luxuria, excitação.
Ela ficou na minha frente, rebolando lentamente, como se me provocasse, e se era esse o objectivo, ela estava conseguindo e muito. Cansada de esperar virei o resto da bebida e coloquei a taça na mesa que estava do meu lado e desci a varandinha quase correndo e cheguei nela, que dançava de olhos fechados. Cheguei nela por trás encaixando nossos corpos, o nosso encaixe era perfeito, colei meu corpo no dela e sussurei algumas palavras desconexas em seu ouvido, Maraísa me afastou dela como se realmente estivesse me testando, então me dei por vencida e fui novamente até ao bar, sem tirar os olhos de seu corpo.

Irony of fate (pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora