Capítulo 26

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* Pov Marília Mendonça*

Cansei de esperar novidades e finalmente tomei coragem de mandar mensagem para a Isa. Ela deu vista mas não respondeu. Esperei 20 minutos e nada, abri o WhatsApp e apertei na barra de escrever, quando ia começar a digitar a campainha tocou.

- Deixa que eu vou Mazé, fica ai com o menino.

Fui até á porta e abri, assim que a porta abriu senti seu corpo colidir contra o meu, seu cheiro característico invadir minhas narinas. Maraisa me apertava com força contra seu corpo e seus olhos molhavam minha blusa.

- Desculpa, Lila. Desculpa, desculpa, desculpa...- Maraisa sussurrava, se perdendo em meio aos próprios sussurros.

- Calma Isa, respira, vamos entrar, vem.- peguei ela pela mão que entrelaçou nossos dedos.

Mazé abriu um sorriso de orelha a orelha quando viu Maraísa entrando junto comigo e distraiu Léo para que ele não viesse correndo atrás de Maraisa.
Subimos as escadas e o único barulho presente eram as fungadelas e os soluços que Maraisa dava. Entramos no quarto e eu tranquei a porta, vendo Maraísa caminhar até à cama.

- Está mais calma Isa?

- Acho que sim, bom, eu te devo uma justificação, não?

- Não se não quiser, não posso te forçar a me explicar o motivo de ter sumido e voltado com uma mulher que claramente está a fim de você.- falei e em seguida revirei os olhos.

Maraisa deu uns tapinhas na cama para eu sentar e eu sentei do lado dela. Ela saiu do meu lado e deitou a cabeça no meu colo, fiquei acariciando seus cabelos negros como o carvão até que ela falasse.

- Bom, eu sai cedo para ir comprar nosso café da manhã, pedi as indicações de onde era a padaria, Edu se ofereceu para me levar e eu aceitei.- fez uma pausa para respirar e retomou- Ai eu comprei tudo o que você gosta, tava indo pro caixa e esbarrei com Catarina, ficamos conversando lá, ela me trouxe para o chalé e ficamos papeando até você abrir a porta. Não teve nada de errado, Lila, eu juro.

- Eu acredito em você Isa eu confio em você, mas não nela. Não sei o que tiveram anteriormente, mas sei que ela claramente ainda tá afim de você e eu sinto cheiro de puta de longe.

- Desculpa, eu devia ter avisado ela que tava namorando antes, não quero que ela crie falsas esperanças. Aliás, ninguém bate minha Loirinha.

- Muito menos aquela loira da shopee!

- Marília!- exclamou dando um tapa em minha perna e eu ria.- A gente teve um rolo à alguns anos, tipo uns 6, 7. Mas ai eu vim morar para uma casa mais longe de onde eu tava e desde então perdemos contacto.

- Só de lembrar que você dava pra ela, subiu até uma vontade de gorfar!- zuei fazendo barulho de vómito.

- Você é muito ruim.- ela disse rindo.

- Eu sou ruim e você que tá rindo, quanta hipocrisia meu amor.- disse rindo dela estapenado minha coxa.

Ficamos um pouquinho em silêncio, enquanto eu acarinhava sua cabeça seus olhos permaneciam fechados apenas aproveitando os carinhos.
Mas ai ela decidiu quebrar o silêncio.

- Estamos em paz? De boa? Traquilonas?

- Estamos sim meu amor.

Quando ela virou seu rosto para olhar em meus olhos, um sorriso brotou em meu rosto e em seguida no seu. Beijei seus lábios suavemente, para em seguida suas mãos segurarem meu rosto pedindo passagem com a língua iniciando um beijo ternuroso, eu amava aquela mulher e sinceramente não me vejo mais sem ela. Terminamos o beijo com vários selinhos e sorrimos que nem bobas uma para a outra.

Irony of fate (pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora