*Pov Marilia Mendonça*
Adormeci de tanto chorar, no colo da Maraisa. Ela sabia do que estava falando quando disse que eu estava precisando chorar e colocar as coisas para fora , não sei que horas eram quando adormeci mas eu não dormi por muito tempo, quando acordei o Léo estava em pé com o acesso na mãozinha, em frente á porta e Maraisa não estava mais no quarto. Eu estava deitada no sofázinho que tinha ali e estava descalça, Léo aparentava estar impaciente, batendo o pézinho e brincando com os dedos olhando para a maçaneta da porta.
Antes mesmo de eu me levantar, Léo se afastou da porta e logo ela foi aberta por Maraisa naquele jaleco que deixava ela um tanto quanto "sexy", ela realmente era uma mulher muito elegante. Sai dos meus pensamentos e cocei os olhos com minhas mãos, me espreguicei e peguei meus sapatos, calcei eles e quando olhei para o lado, Maraisa vinha com as vitaminhas para colocar no soro do Léo.
--Calma pequeno, eu falei que ia voltar.- ela disse colocando os rémedios na mesinha do lado da cama, e acariciando os cabelos do meu pequeno- Fui pegar suas vitaminas para você ficar fortão.
,--Voxê demolou muito titia Mara.- o pequeno coçava os olhinhos ainda no colo de Maraisa que rápidamente colocou ele na cama.
Levantei do sofá, e o pequeno Léo levantou e ficou em pé em cima da cama.
-- Mamãe, Mamãe!- o menino gritava e pulava animado em cima da cama.
-- Calma Léo parece até que estou sem ver você faz 3 anos filho- falei assim que ele pulou no meu colo destribuindo beijinhos molhados pelo meu rosto- Ah, oi Maraisa, desculpa ter dormido, quanta informalidade- ri sem graça, e me levantei ajeitando minha roupa.
--Não tem problema algum Marilia, eu sou sua amiga, se você me permitir é claro.
--Claro que pode ser minha amiga, amigos do Léo são sempre bem vindos- ri- acho que desde que a gente se viu pela primeira vez, parece que a gente já se conhecia antes, foi estranho, mas sei lá parece que tenho intimidade com você parece que nos conhecemos á bastante tempo e só nos conhecemos á algumas horas. Tudo isto é muito estranho, mas obrigada por isso Mara...ops desculpa Maraisa.
--Pode chamar de Mara ou de Isa- ela riu- e eu posso te chamar de Lila, se assim,me permitir.
--Credo Maraisa, eu não tô trabalhando para me tratar assim tão formalmente, pode me chamar do que você quiser afinal somos amigas.
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*Pov Carla Maraisa*
Realmente, a Marilia não era especial só para mim, ela era muito querida também pelo seu filho que era um doce de criança, muito grudenta e apegada, sentimental mas acima de qualquer coisa ele é carinhoso e tem o coração bomm, assim como a mãe, não conheci Murilo, o pai dele mas creio que o Léo não tenha tantas parecenças com ele. O Léo é uma mini cópia masculina da Marilia, e ele se apegou bastante a mim.
1 SEMANA DEPOIS
Já tinha se passado uma semana, eu e Marilia, já sabiamos muito, até demais da vida uma da outra, e digamos que sei lá eu fico sem graça quando ela me elogia, fico nervosa perto dela e tenho sonhado com coisas muinto estranhas. Nessa semana o Wendell voltou, e confeço que não foi muito agradável, ele veio no hospital e armou um barraco gigantesco, Naiara e Lauana intreviram como minhas melhores amigas eu não esperava menos. Marilia e eu estamos numa intimidade que me assusta, mas a gente não consegue mais ter tanto contacto assim porque o ar fica quente quando estamos juntas, fica uma tensão não muito agradável entre nós e sei lá. O Léo está realmente muito apegado a mim e neste exato momento estamos tentando tirar ele do meu colo para ele ir para casa, provávelmente nunca vou ver ele denovo. Mas é a vida, pacientes vêm e vão...
-- Léozinho,meu amor. Temos que voltar para casa- Marilia se pronunciava tentando convencer o garotinho a ir embora.
--Nananinanão, Léozinho qué ficar com a titia Malaisa- ele falou cruzando os bracinhos como forma de protesto.
--Léo, vai com a mamãe. Qualquer dia você vem cá me visitar- falei tentando colocar ele no chão mas o mesmo deixou o corpo pesado e me segurou forte- Por favor Léo- coloquei ele no chão e o mesmo fez cara de emburrado.
--Mamãe, promete que tráz denovo para ver a Titia Malaisa?- o pequeno questionou com os olhos marejados e um biquinho nos lábios.
--Sim Léo, a mamãe te traz denovo, até porque eu também gostaria imenso de voltar a vê-la Maraisa.- Marilia disse se aproximando e me abraçando em despedida- Nunca vou te agradecer o suficiente por ter cuidado do Léo da forma como você tratou, muito obrigada.
--Não fiz nada mais além de exercer a minha profissão Marilia, por isso não precisa me agradecer. Sempre que precisar de ajuda, psicológica e com o pequeno, é só contactar- dei meu número de celular para ela e sorri sem graça.
--Tudo bem, então... Tchau Maraisa...
--Tchau Marilia, tchau Leozinho, fica bem pequeno, titia Maraisa gosta muito de você.- afaguei seus delicados cabelinhos marrons mas loiros ao mesmo tempo.
--Léozinho também gosta muito voxê titia Malaisa- o pequeno puxou meu braço para que eu me baixa-se e assim o fiz, ele colocou suas mãozinhas no meu rosto e depositou um beijinho molhado em minha bochecha, eu retribuí o gesto depositando um beijo em suas bochechas gordinhas.- Tchau tia Malaisa.
Com essa despedida, Marilia pegou na pequena mãozinha do Léo e saiu do quarto, deixando- me apenas a mim, sozinha vagando em meus pensamentos.
Passadas algumas horas meu turno acabou e eu dei graças a Deus por isso, tirei meu jaleco e coloquei o mesmo pendurado no cabide da minha sala, peguei minha mala de cima da mesa, coloquei-a em meu ombro, tranquei a porta e saí para o estacionamento do hospital. Entrei no meu carro, liguei o mesmo, e segui o caminho até o meu apartamento, que eu dividia com minha irmã gémea e meu melhor amigo. Meu apartamento é bem simples e pequeno,minha conta bancária premitiria muito mais, mas não sou apegada a bens materiais e o salário dos meus "irmãos" também não permitiria muita coisa, então decidimos que cada um pagaria um pouquinho da casa e assim vivemos há 2 anos, minha irmã gémea, Maiara, é muito bagunceira, assim como meu melhor amigo, Bruno, e isso ás vezes causa brigas entre nós. Eu gosto de tudo organizado e eles conseguem ser muito bagunceiros quando querem.
Quando cheguei em casa entrei sem fazer muito barulho e nem Maiara nem Bruno estavam em casa, aproveitei que tinha a casa limpa e em ordem, fui até ao banheiro, tomei meu banho e depois de vestida deitei na cama e capotei totalmente, esse hospital ainda vai me matar um dia...
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Continua...
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Irony of fate (pausada)
Hayran KurguDuas grandes mulheres, em diferentes patamares, com personalidades completamente diferentes e áreas diferentes de trabalho. Mas o destino é incerto nunca saberemos o que ele nos reserva... Carla Maraisa, 29 anos é pediatra. Marilia Mendonça, 23 ano...