As genialidades das Gemialidades

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No primeiro dia de Agosto as coisas estranhas no mundo bruxo só estavam piorando, eu sentia e Zyra também percebia, dado os resmungou quando olhava para fora de casa, sempre alertando de que os bruxos das trevas estavam cada dia mais organizado.

Jorge me mandou uma coruja com um panfleto falando da data da abertura da loja, dia 13, um sábado. Não que fosse ruim, mas eu acabei ficando ansiosa todos os dias até a data. Quase não deixei Zyra solto depois disso, eu prefiria ficar sozinha com meus pensamentos.

- Hoje vou na loja deles. - Disse ao Djinn. Eu acordei tão cedo e já estava arrumando o vestido e me olhando no espelho imaginando como eu ficaria. - É sempre tenso sair de casa. Na pior das hipóteses eu sempre acho que vou pedir a você para salvar a minha vida.

- Eu sei. - Disse Zyra fazendo carinho na Charlote no chão. Ele estava deitado em uma posição parecida com a dela.

- Seria um desperdício.

- Acho que você sabe se defender. E a sua namorada vai estar com você, qualquer coisa ela faz as maldições dela ou chama a escravinha...

- Njal é uma serva gentil, e não fale assim da Sophia!

- Isso foi um pedido? - Toda vez ele falava isso e eu tinha que ameaçá-lo mostrando o receptáculo. - Tá bom, tá bom. Estou brincando.

- Mas só estou tentando desabafar, eu não tenho opção.- Soltei meus cabelos e comecei a me imaginar com outra cor nas pontas. - Eu ainda não me decidi sobre os últimos dois pedidos.

- Você quer livrar a família do menino nobre da maldição da elfa na esperança que sua relação com ele melhore.

Achei muito interessante a observação dele, mas me incomodou.

- Você por acaso é a incorporação do veritasserun?

Ele riu de boca fechada de um jeito assustador.

- Eu sei que é um dos seus desejos, só não entendo porque você tem simpatia por um bruxo que quase te enforcou.

- Ele queria realmente fazer isso?

- Hum... - Disse ele se sentando no chão de pernas cruzadas com uma expressão de orgulho.

- Você sabe, não sabe?

- Não sei... mas talvez você tenha que me pedir pra dizer o que ele estava pensando...querendo. - Disse ele cinicamente.

- Entra!

- Merda.

Eu não podia favacilar muito. Apenas de eu estar trancando a porta de maneira trouxa, com a chave, nunca se sabe quando meus pais iriam entrar sem bater. Eu deixava o receptáculo ao lado da bolsa na minha mesa de estudo, não tinha porque esconder de mim mesma mas se algo acontecesse eu tinha sempre uma mentira bem elaborada.

Fiquei um tempo lendo a revista que o Jorge tinha me dado sobre tranças e achei que uma embutida dupla, no estilo que eu sei que ele iria adorar seria uma boa forma de chamar sua atenção, como se isso fosse mudar nossa condição.

Toc toc.

- Sua mãe. - Resmungou mamãe do outro lado. Pelo tom de voz estava um pouco irritada. Escondi a bolsa debaixo do travesseiro.

- Ah. - Destranquei a porta e voltei a olhar a revista. - A senhora acha que consegue fazer essa em mim? - Disse mostrando a ela o penteado.

- Sim. - Disse secamente.

- E o que você quer?

- Tome isso. - Disse ela fechando a porta e me entregando um frasco com algum tipo de poção.

 ⭒๋࣭ 𓆗 O Lado G da Sonserina [6] 𓆗⭒๋࣭ Onde histórias criam vida. Descubra agora