A renuncia Gibbon

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- Então somos namoradas agora? - Perguntei a ela na mesa no horário do almoço. Da Corvinal fomos direto para o Grande Salão.

- Você me entendeu, eu tive que fazer aquilo.

- E porque?

- Porque vocês estavam se olhando estranho.

- Idai?

- Primeiro: eu conheço você, se pegar carinho por essa gente do time você não vai jogar bem contra eles, vai tentar protegê-los.

- Não exagera!

- Segundo, eu acho que você gostou dela.

- Eu não a odiei.

- Não seja cínica, Jenna, se sentiu atraída!- Resmungou ela com indignação. - Conheço aquele olhar.

- Deve ser aquele que você sempre lança pra gente. - Se intrometeu Emilly, que estava sentada na nossa frente.

- Cuida da sua vida! - Disse Sophia com raiva. Emily riu.

- Viu, é normal Sophia.

- Não é normal você olhar assim para uma garota.

- Qual é o problema?

- Eu não gostei.... eu-não-gostei! - Reafirmou ela falando pausadamente.

- Ok, agora eu tenho uma ciumenta, vai virar uma louca igual meu pai?

- Claro que não. - Disse ela olhando pro seu prato com as bochechas vermelhas infladas.

Duvidei.

- Então temos que decidir o que temos!

Ela ficou um pouco desconcertada me observando entes de responder com a voz baixa.

- Eu não quero perder você.

- Não vai me perder.

- E quem me garante isso?

- Eu!

- Isso é bem conveniente vindo de você.

- Então se consulta com a Trelawney, já que não confia em mim. - Disse me levantando. Mal sentei já levantei e provavelmente não iria almoçar mais.

- Não foi isso que eu quis dizer! - Gritou ela me vendo sair.

- Foi! Boa tarde pra você! - Respondi sem olhar para trás.

Deixei Sophia triste e Emilly com uma cara irônica.

Acontecia algo mágico quando decidia ter um relacionamento, dava em briga, e eu era péssima com brigas, não sabia lidar com conflitos. Era meu dom também, por isso eu sempre corria desse tipo de relacionamento mais firme. Eu perdia até a liberdade de olhar do jeito que eu bem quisesse para uma pessoa, isso era intragável.

Fiquei remoendo o acontecido andando sem rumo dentro do Castelo - com a gravata da Corvinal - e pensando como seria se eu tivesse com o Jorge, será que eu me sentiria atraída por mais alguém? Será que Sophia tinha razão, ela não me preenchia e provavelmente, nem Snape? Aquilo estava começando a fazer sentindo pra mim, mas era um sentimento ruim, um sentimento de culpa que não tinha mais volta.

- Olá. - Cumprimentou Slughorn, parando na minha frente.

- Olá, professor.

- Se sente mal? - Perguntou ele com um olhar de dúvida analisando a gravata que eu estava no meu pescoço.

Eu fiquei incomodada e a guardei no bolso da capa.

- Não. Só estou irritada.

- Não vai almoçar?

 ⭒๋࣭ 𓆗 O Lado G da Sonserina [6] 𓆗⭒๋࣭ Onde histórias criam vida. Descubra agora