Perigo Ardente - Série Lobos De Lakeville Livro 4

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Hunter passou o dia correndo contra o relógio, após a sua conversa com Dulce ele havia passado na casa de sua prima. Preocupado com seu sobrinho a quem não via a um bom tempo e igualmente preocupado em deixar Amélia sozinha o dia inteiro. Ele precisava ir até a cidade, cuidar de seus negócios que ele queria acreditar firmemente que estava sendo bem cuidado por Kevin e tentar descobrir se havia alguma novidade sobre os incêndios causados nos comércios locais.

Quando Sofie concordou em distrair Amélia, Hunter se mandou para sua oficina o mais rápido possível. Dirigindo até a cidade que agora parecia mais vazia que nunca ele se perguntava se mesmo o povo humano estava evitando se expor a luz do dia. Lakeville era uma cidade pequena, conhecida por ser segura e ter uma boa vizinhança. Era horrível ver todos aqueles comércios fechados e pensar no prejuízo que as pessoas deveriam estar tendo pelo medo que sentirão.

Graças aos céus as paredes de sua oficina permaneciam em pé apesar da breve gerência de Kevin, Hunter avaliou de perto algumas rachaduras causadas pela explosão no salão de Amélia afinal seus negócios eram muito próximos.

- Acha que vai precisar de uma reforma?- Kevin questionou curioso atrás dele.

- Eu não sei, seria bom uma opinião de um profissional.- ele respondeu pensativo. - Gostaria de saber se há alguma possibilidade de ajudar o salão de Amélia.

- Ah, eu ouvi dizer que a vizinha barulhenta agora mora na sua casa.- Kevin o provocou com um olhar divertido.

- Quem tem te trazido para o trabalho?- Hunter ignorou a provocação de seu funcionário. -Não é muito seguro andar por ai sozinho.

- Os bombeiros me dão carona.- o garoto deu de ombros voltando sua atenção para alguns papéis de encomenda.

- Se quiser posso te trazer e buscar todos os dias como fazia antes.- ele sugeriu preocupado.

- Eu não preciso de babá, e andar com os bombeiros do bando tem sua vantagem.- o garoto respondeu despreocupado.

- Vantagem?- Hunter questionou confuso.

- Todas as fêmeas solteiras do bando tem uma queda por eles.- Kevin disse.

- Está andando com os bombeiros para chamar atenção das fêmeas?- Hunter retrucou incrédulo.

- Eles tem ótimos concelhos.- Kevin expressou divertido.

- E você zero juízo como sempre.- Hunter o repreendeu fazendo o menino rir.

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Assim que Hunter chegou em sua casa ele notou Amélia sentada em sua poltrona, ele normalmente não gostava que ninguém se sentasse nela mas logo percebeu que quando se tratava dela ele simplesmente não se importava. Na verdade ele até que gostava de ver ela ali e principalmente do cheiro doce que ela deixava em tudo que tocava.

- Dia cansativo?- ele chamou sua atenção.

- Você parece muito mais cansado do que eu.- ela sorriu.

- De fato tive um dia cheio.- ele concordou.

- Eu tive um dia um pouco confuso, sua prima veio aqui hoje para uma aula que você se esqueceu de me avisar que havia marcado.- ela comentou olhando em sua direção com uma sobrancelha erguida.

- Me desculpe, eu deveria ter lhe avisado.- ele falou. - Mas fica tão bela dormindo que não quis lhe incomodar.

- Seu sobrinho não compartilha do mesmo pensamento já que puxou minha coberta e me deu um verdadeiro susto.- ela riu.

- Jason é quase indisciplinado, tem um gênio tão...

- Eu o achei parecido com você, uma mini versão sua.- Amélia disse sorrindo.

- Eu bem que queria que ele se parecesse mesmo comigo e não com o pai.

Hunter respondeu com um sentimento de preocupação notável em seu rosto, ele notou o olhar confuso de Amélia, mas ela nunca perguntou o que ele quis dizer.

- Seu sobrinho está no quarto de hóspedes, que pela decoração descobri que é o quarto dele.- ela mudou de assunto e ele agradeceu internamente por isso.- Ele é uma graça.

- Ele é uma criaturinha manipuladora .-Hunter respondeu.

- Tem umas bochechas tão fofas.- ele a observou sorrir

- Não confie nas bochechas elas ficam ao lado de uma pequena boquinha mentirosa.- ele a alertou divertido. - Como foi a aula?

- Bem...assisti Anne usar garras mesmo ainda sendo humana, e fui arrastada em uma corrida pela floresta que segundo Sofie é ótimo para entrar em sintonia com nossas almas.- ela contou. - Não me disse que sua prima era hipster.

- Vocês trocaram de forma?- ele questionou preocupado.

- Não, Anne tem dificuldades na hora de sei lá "des-transformar" e Sofie bem ela queria que a corrida nos fizesse fluir de forma natural e ai nos seguiu em sua forma humana também.- Amélia explicou.

- E você?- ele insistiu.

- Eu o que?- ela perguntou na defensiva.

- Não gosta de se transformar não é?- ele presumiu.

- Eu não sei como fazer Hunter e não quero ficar presa de novo.- Amélia abraçou suas pernas se encolhendo na poltrona.

- Você teve dificuldades para voltar?-ele perguntou gentilmente. - Todos tem querida é normal.

- Eu não preciso ter porque não vou fazer isso de novo.- ela garantiu firme.

- Vai precisar mudar nas aulas.- ele tentou argumentar.

- Eu pulo essas lições.- Amélia rebateu.

- Eu fazia isso com geografia, história, matemática e hoje sou terrível em qualquer prova de conhecimentos gerais.- Hunter quis aliviar o clima, Amélia tinha seus próprios motivos e limitações, ele não iria a pressionar.

- Mas é um ótimo marceneiro.- Amélia comentou com um sorriso. - Eu ouvi falar.

- Eu mesmo fiz o balcão da cozinha, assim como a mesa e as cadeiras, os armários.- Hunter declarou orgulhoso de seu trabalho.

- Magníficos.- ela respondeu.

- Está tentando me bajular Amélia?- ele a provocou.

- Não querido, eu só estou elogiando seus dotes.- ela deu de ombros com um sorriso nem um pouco inocente em seu belo rosto.

- Você é uma graça lobinha.