Perigo Ardente - Série Lobos De Lakeville Livro 4

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Todo o corpo de Amélia tremia enquanto ela corria como se fosse uma fugitiva para o mais longe que pudesse, havia um zumbido gritante em seus ouvidos enquanto sua mente tentava raciocinar o que havia acontecido, o que os seus lábios haviam proferido.

Companheiro... Aquela maldita palavra que tanto a assombrava havia voltado dos mortos na pior hora possível. Havia muitas coisas passando pela cabeça de Amélia agora e uma delas era uma dúvida enlouquecedora sobre o que estava acontecendo com seu corpo quando aquele homem passou pela porta.

Ela podia jurar que algo tinha tomado conta dela por um tempo, guiando suas mãos pelo cabelo macio da Hunter. Pedindo para ele ficar...
Ela sentiu que por alguns instantes havia sido possuída por instintos preocupantes, Amélia queria tocar Hunter em todos os sentidos possíveis e se aquele velho colar não tivesse se partido ela tinha certeza de que teria o beijado.

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Alguma parte de Amélia gritava dentro de si que ela deveria estar o mais longe possível daquela cidade ao invés de ficar completamente imóvel em seu sofá, mas Amélia não conseguia se mover. Cada pedaço de seu ser estava envolvido por inseguranças e medos, pesadelos que na verdade eram memórias não tão velhas de um passado nem um pouco distante.

Ela ainda se lembrava, do gosto de sangue e o cheiro de metal enferrujado. Dos gritos, do medo, das súplicas e juras falsas de amor. Ela confiou uma vez, ela se perdeu uma vez. E ainda sim se encontrava paralisada naquele velho estofado, porque algo dentro dela. Algo que foi posto lá contra a sua vontade se negava a partir.

A loba em seu peito, a loba que forçaram por baixo de sua pele, a loba em que a transformaram contra a sua vontade, a loba que ela temia e rejeitava. A mesma loba que um dia havia lhe dado forças para fugir de sua prisão agora se negava a partir de Lakeville.

A loba havia fincado suas garras naquela terra e a humana estava fraca e amedrontada de mais para lutar de volta, Amélia nunca foi boa em lutar de volta. Ela não ganharia aquela batalha, algo sussurrava em seu ouvido que ela também não a perderia.