Perigo Ardente - Série Lobos De Lakeville Livro 4

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O livro de Anne manteve influência sobre Amélia durante toda a semana, quando ela participava das aulas de Sofie e corria pela floresta ela se pegava relembrando as cenas que mais a fazia corar. Quando Hunter chegava em casa depois do trabalho Amélia arfava notando o rosto dele se materializar no personagem que tanto insistia em permanecer em seus pensamentos.

Ao longo dos dias ela já havia lido e relido aquele livro até ela mesma marcar suas partes preferidas e decorar as falas da mocinha com todo o coração, as vezes ela desejava ser mais como a protagonista e ter coragem de recitar cada uma delas para Hunter. Amélia suspeitava de que o grande motivo pelo qual ela não conseguia esquecer aquela história era porque se imaginava fazendo cada uma daquelas coisas com ele.

Era um caminho perigoso e ela sabia disso mas não conseguia ouvir a razão quando sua loba sussurava em seu ouvido de que ela deveria testar as ações da protagonista com Hunter, e foi o que ela fez. Amélia havia passado a semana inteira tentando reproduzir as ações dela quando Hunter estava por perto. Mas quando ela achava que estava sendo sedutora ele apenas sorria para ela e então a deixava sozinha no cômodo.

Talvez ela não fosse tão obistinada e segura de si como a protagonista, ela com certeza não possuía tanta auto confiança e não era tão desinibida. Amélia falhava em tentar soar sedutora quando na maior parte do tempo ela não passava de uma mulher retraída. Ela nunca chamaria a atenção de Hunter se a mulher do livro fosse o tipo ideial dele. Amélia precisava urgente aprender a usar as poucas armas que tinha, influenciando suas decisões sua loba plantou nela a ideia de que ela precisava de um exemplo mais próximo a sua personalidade de como conquistar um homem.

Não que ela pudesse se dar ao luxo de ter Hunter...apenas por curiosidade é claro...

Ela correu para a casa de Anne aproveitando que já estava de tarde e que naquele dia Sofie não daria aula por estar ocupada com encomendas de bolos ela e Anne poderiam conversar a sós, Amélia precisava de mais material de leitura. "Totalmente didático!"

Ela bateu na porta de Anne já se sentindo envergonhada por está ali daquela maneira, Amélia nunca foi muito boa com interações sociais e não conseguia distinguir o tamanho da intimidade que ela possuía com aquela mulher. Mesmo que Anne a tivesse chamado de amiga ela ainda não se sentia muito segura em se considerar desta forma, talvez a mulher estivesse apenas sendo gentil e Amélia fosse uma criatura incoveniente que interpretou suas ações de maneira equivocada.

Perturbada com a presença imponente de grandes renas natalinas no telhado da casa Amélia sentiu que aquelas velhas decorações de plástico a julgavam com o olhar, com certeza aquela rena menor estava pensando "o que está estranha está fazendo aqui? Porque ela não vai embora?"

- Amélia?- Anne abriu a porta com uma expressão surpresa.

- Eu...desculpe.- ela tentou desviar a atenção das velhas renas e se explicar para a mulher curiosa em sua frente.

- Você não gosta das renas?- Anne sorriu para ela. - Meus gatos também não, desde que nos mudamos eles nunca mais subiram no telhado, acho que tem alguma coisa haver com as decorações de Adam. Mas eu gosto, assim é mais fácil de nunca se perder. Eu costumo ser distraída e as casas por aqui são meio parecidas de mais.

- Parecem que segue algum tipo de padrão.- Amélia concordou com ela.

- Você veio me ver?- Anne perguntou com um olhar esperançoso. - Eu estou um pouco surpresa...sabe eu achei que não gostasse muito de mim.

- Eu gosto.- Amélia respondeu tímida.

Anne praticamente a esmagou quando agarrou Amélia em um abraço completamente inesperado, ainda extremamente animada Anne a arrastou para dentro de sua casa como em algum tipo de sequestro estranhamente educado.