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Os olhos de Amélia brilharam para ele um cinza único e perigoso, todos os seus sentidos entram em completa confusão. Os olhos de sua companheira eram cinza, mas não um cinza claro e opaco como dos lobos de Mason. Mas um cinza escuro quase preto, era raro um lobo poder mudar a cor de seus olhos. E Amélia havia saído de um verde claro com pequenas manchas em âmbar para um cinza intenso e escuro.

Amélia havia afirmado não ter nascido uma loba...a mente de Hunter dava voltas tentando compreender suas palavras... seus olhos. Um pensamento perigoso de repente invadiu sua mente, a companheira de Adam havia sido atacada por um lobo selvagem e hoje seus olhos castanhos quando em forma de lobo possuíam pequenas manchas em cinza que deixavam os anciãos preocupados, Anne podia ter morrido. Ela havia adoecido com o veneno em seu corpo, Amélia parecia tão saudável e forte na sua frente...

Ele podia perguntar, ele podia abrir a boca e a questionar. Mas os olhos assustados de Amélia, a forma como seu coração batia acelerado e sua respiração entrecortada o fizeram desistir. Era Amélia, ela estava com medo e a última coisa que ela precisava era ser pressionada. Ele não iria aproximar ela dele se não a fizesse se sentir segura. Hunter a puxou para perto, abraçando o pequeno e delicado corpo de sua companheira contra sua pele.

Hunter a manteve ali por um tempo, suas mãos começando a formigar e seus braços se cansando mas ele apenas a manteve ali. Amélia não esboçou nenhuma reação, confortável ou não ela apenas permaneceu quieta e imóvel.

- Hunter?- ele a ouviu sussurrar. - Eu quero ir até a cidade, quero ver o meu salão.


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Amélia tentou conter as lágrimas que se acumularam em seus olhos enquanto repetia para si mesma que pelo menos as paredes ainda estavam intactas, todo o seu material havia sido atingido. Nada ali poderia ser reaproveitado, o pouco que tinha o pouco que lhe foi dado havia sido destruído como suas esperanças de construir uma vida em Lakeville. Uma vida em paz...

- Podemos reconstruir.- Hunter surgiu atrás dela.

- Não, não podemos.- Amélia respondeu sentindo seu coração se partir. - Eu mal tinha condições de pagar o aluguel, tudo aqui dentro era um empréstimo.

Tudo era um empréstimo...um empréstimo que ela jurou que um dia pagaria e hoje se encontrava mais uma vez desamparada. Sem casa, sem emprego, sem dinheiro e perseguida por um louco.

-Eu sinto muito Amélia, mas não desista.- Hunter tentou encoraja-la. -Podemos pintar as paredes...

- Hunter isso vai precisar de mais do que algumas tintas para parecer um salão novamente.- ela retrucou enjoada.

- Eu tenho algumas economias...

- Não ouse.- ela o cortou ríspida.

Amélia de repente avistou algo em uma das paredes marcadas pelo fogo, as mãos de Hunter pousaram delicadamente sobre seus ombros quando ela finalmente viu a marca das garras na parede. As mesmas garras que um dia haviam cortado sua pele como uma folha de papel, a visão de Amélia ficou turva conforme mais lembranças invadiam a sua mente. Ele tinha voltado para buscá-la, mais irado que nunca. Sua loba sussurrou em seu ouvido o que ela já havia entendido, Amélia não iria sobreviver sozinha.

- Mate ele Hunter.- sua loba suplicou por entre seus lábios.

Perigo Ardente - Série Lobos De Lakeville Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora