Quando um lorde encontra o amor - As irmãs Bredley livro I

Capítulo Vinte e Um

Depois daquela noite, do que tinha acontecido entre ela e o marido, passaram-se três dias e a jovem decidiu que falaria com alguém mais experiente. Obviamente se tratava de sua amiga Stella, irmã de Tremelin. Ela chegou à casa da mulher pela tarde, e foi recebida com muita animação pela amiga, que correu abraçá-la e confortá-la pelo que tinha acontecido nos últimos dias.

Sentaram-se na sala, e a jovem deu falta de alguém.

— E sua filha?

— No quarto com a criada. — deu um tapinha na perna da jovem. — Diga-me como estão as coisas na sua casa.

— Horríveis! — suspirou. — Henson não se lembra de mim, e tudo que faço para me aproximar parece uma tolice.

— Oh, e está sendo sutil? Os homens não gostam quando nos atiramos sobre eles, sabe disso não é?

Mnemosyne piscou várias vezes.

Não sabia não. Achava que aparecer nua na frente do marido era suficiente para ele recobrar a memória.

— Bem, talvez eu devesse tentar outras coisas. O que me sugere?

Stella pensou.

— Pode pedir para ele colocar seu sapato, e com isso você sobe o vestido assim. — ela demonstrou, erguendo um pouco a saia do vestido. — Ou pode pedir para ele colocar um colar em você, e claro, deve estar perfumada.

— Oh, eu posso fazer isso. — comemorou a jovem. — Diga-me com quem aprendeu tudo isso?

— Ah, experiência de vida. — riu a mulher. — Quer um sanduíche?

— Quero sim!

***

Henson já estava muito melhor, e embora tentasse falar com a esposa depois do incidente daquela noite, ela se trancara no quarto e não quis mais falar com ele. Naquele dia ela tinha saído e avisou que iria ver Stella, isso mesmo, sem pedir, apenas avisou.

Ele não tinha entendido o que havia acontecido, fora o ato em si? Ela não gostava de sexo? Ela era virgem? Estava confuso, e talvez seu amigo pudesse ajudá-lo a entender melhor sua própria esposa.

Tremelin chegou à casa do amigo mostrando os dentes de tão animado, não por alguma coisa certa, mas porque tivera uma ótima noite nos braços de uma mulher qualquer.

— Ao que parece, bom amigo, teve problemas com sua esposa, porque a vi em frente a casa da minha irmã. E você, provavelmente me procurou porque está frustrado. Sou todo ouvidos. — disse sentando-se na poltrona perto da janela no escritório, claro, para fumar.

— Confesso que estou com problemas, mas o que te faz crer que pode ser a solução dos meus problemas, Tremelin?

Ele soltou a fumaça.

— Sou um homem experiente, bonito e carismático que sabe como tratar as mulheres. As mulheres, por onde eu vou, jogam-se nos meus pés. Certa vez, em Oxford, uma mulher simplesmente rasgou o vestido na minha frente e...

— Não enrole, homem. — Henson estava de braços cruzados, encarando o amigo.

— Eu queria dizer que sou testemunha de como você estava encantado por sua esposa desde o início, por isso não compreendo como não esteja a querendo mais. Não pode se encantar novamente como na primeira vez?

— Eu gosto dela. — confessou. — Só não sei como agir quando ela está perto de mim. Eu me sinto estranho...

Tremelin esticou as pernas e quase deitou na poltrona.