Você continuava a chorar, dessa vez no ombro de Hakkai, este que estava travado sem saber como te ajudar, apenas passando a mão levemente nas suas costas.
Yuzuha fazia buracos no chão de tanto andar em círculos. Ela bufava e tentava se acalmar para te acalmar. Mas não dava, tipo, ela já odiava Kokonoi, sempre teve duas, três, cinco, dez pulgas atrás da orelha em relação a ele.
E agora que tudo foi comprovado, a intuição dela grita em animação por nunca falhar, mas a raiva e o estresse gritam juntos por ter feito você ficar nesse estado.Ela não sabia se te acudia, ou se continuava a planejar como enterraria o corpo dele sem deixar vestígios.
Talvez debaixo de outro cadáver.
Dando aos porcos comerem e depois triturar seus ossos, jogando as cinzas na cara da Akane.
Esconder os restos mortais debaixo de um chiqueiro também não é uma má ideia, mas onde arranjar um caralho de um chiqueiro?- Yuzu? Zuha? Yuha? YUZUHA?
- QUE FOI?
- A [Nome] dormiu. E agora?
De tanto chorar, sua mentalidade cansou, você sofreu muita merda em tão pouco tempo. Precisava da sua psicóloga, mas só daqui a três dias. Também não queria ligar pra ela e a incomodar.
Deitada no ombro de Hakkai, você acompanhou cada passo que a morena dava na mesma direção enquanto resmungava, fazia cara feia, de vez em quando sorria mas isso durava poucos segundos.
Seus olhos se cansaram e, mesmo com lágrimas, você adormeceu, jogando quase todo o peso do seu corpo no ombro de Hakkai.
O azulado se apavorou quando te viu dormir, ele já não sabia muito o que fazer quando estava acordada, agora nem se fala.- Oh meu pai. Saia daí, deixe ela deitar e descansar.
Hakkai segurou seus ombros e ia saindo, sua cabeça despencou para frente quando não havia mais um encosto.
- Assim não, Kai. Com cuidado.
Yuzuha te virou de costas com a maior delicadeza que conseguia, Hakkai conseguiu sair de seu lado e você foi posta deitada no sofá com um travesseiro e uma coberta grossa.
- Eu não sei o que faria se eu estivesse no lugar dela. - O Shibba mais novo te olha com pena.
- Ela não gostaria que olhassem assim pra ela. Mas eu sei o que faria no lugar dela.
- Eu tenho medo de você às vezes.
[ . . . ]
- Há quanto tempo [Nome], como você continua linda. - Akane sorria pra você.
- Oi, Realmente faz um tempo.
Tirando a vez que você ouviu ruídos no quarto, fazia um bom tempo que vocês não se viam. Não que no dia você tivesse a visto.
- Você parece bem melhor. - Inui disse com um mínimo sorriso.
- Foi uma grande dificuldade pra mim. E Yuzuha me ajudou muito.
Citar Yuzuha foi totalmente proposital. Assim como ela não gostava de Kokonoi, ele também não ia muito com a cara dela. Simplesmente porque ela dizia com todas as letras que não gostava do Hajime, na cara dele.
Viu um leve revirar de olhos da parte dele. Te deu um gosto ao o ver afetado.
- Eu não consigo imaginar o que você passou. - Agora que conhece a verdadeira face de sua "amiga", fica na cara que essa compreensão é totalmente fingida.
- Fique tranquila. Eu estou bem melhor, já me resolvi com Kokonoi. - Passou a mão pelo braço dele.
- Sim, estamos até melhor do que estávamos antes. - Ele sorriu pra você e te deu um beijo na testa.
Desde que voltaram, você se recusa a dar um beijo nele, não sabe por onde ele meteu a língua durantes esses dois meses, tirando o tempo em que eles estavam juntos e você não sabia.
Sua desculpa era que enquanto esteve com sua mãe, foi para a igreja e se converteu, dizendo que beijo e sexo, de agora em diante, seria depois do casamento.
Sem contestar, Kokonoi aceitou.
“Tudo pra ter você de volta ao lado dele”, foi o que disse.- Que bom. Um brinde ao casal. - Akane levantou a taça de vinho, esperando que vocês fizessem o mesmo.
Entretanto, assim como você, Inui não estava tão confortável naquele ambiente. Algumas horas mais cedo, soube do caso nojento e vulgar que sua irmã tinha com o seu melhor amigo. Discutiu com ela, mas por fim, não havia muito o que fazer, a vida é dela, ela faz o que bem entender.
E por insistência dos dois, não pôde faltar a esse jantar.- E as comemorações, os planejamentos do casamento. Como anda?
- Com as pernas, ora. - Kokonoi disse em tom divertido. Te fazendo forçar um riso fraco.
- Nós ainda estamos vendo isso. Kokonoi queria algo simples, mas acredito que voltamos mais forte e mais unidos.
- Isso aí. Nada melhor do que uma festa de casamento espetacular, depois de um momento bem sofrido.
Você e Inui já haviam entendido, Akane estava pagando de simpática, mas mesmo assim cutucava sua ferida com a unha mais pontiaguda que tinha.
- Sim. - Você sorriu.
Nesses quase dois meses fora de casa e morando temporariamente com seus pais ou Yuzuha, você aprendeu a devolver a falsa simpatia de Akane. Obviamente na ideia de Yuzuha, você deveria estar pronta pra encarar essa cobra novamente.
- Eu acho isso um pouco demais. Se fosse por mim eu casaria no cartório e só iria pra lua de mel.
- E já pensaram pra onde vão?
- Queríamos ir pra vários lugares, e como não entramos em um acordo sobre onde ir. Escolhemos passar um mês em um cruzeiro.
- Uau, isso é chique. - Akena arregalou os olhos e sorriu mostrando os dentes - Nós bem que deveríamos ir algum dia também não é Inui?
- Não. Eu não gosto de cruzeiros ou de mar.
- Quem sabe não vamos só nós três então. - Kokonoi deu a ideia.
- Outro dia né, Koko. Agora temos que aproveitar nossa lua de mel. - Sorriu sacana.
- Claro. Desculpe, Akane. Mas dessa vez acho que não rola.
- Oh não, tudo bem, tudo bem. Eu entendo que o casal queira estar a sós depois de um bom tempo separados.
- Sim. Sabia que [Nome] entrou pra igreja da mãe dela?
- Sério?
- Sim, eu prometi que só teríamos relações depois do casamento.
- Eu não consigo, vocês têm que ser bem fortes e corajosos. - Se remexeu na cadeira. - Se conter até o casamento é um pouco demais, não acha?
- Kokonoi disse que faria de tudo pra me ter ao seu lado de novo. E eu quero ver se ele realmente consegue cumprir com o que disse mais cedo.
- Eu consigo, já disse. Fiquei todos esses dias sem você. Mais alguns meses não é nada.
- Claro.
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Nossos Filhos - Draken
FanfictionVocê estava na sua pior fase da sua vida, pela segunda vez sua cabeça alucinógena mentiu pra vocês. Você não estava grávida, era a porra de uma infertil. E Kokonoi não tinha mais cabeça para aguentar essa sua ilusão e se afundou nos trabalhos. "Tr...