Espaço em branco

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Mitsuya já havia chegado com Mana e Luna, foram pro camarim e desfrutaram de frutas, sucos, cookies, bolo de três tipos de sabores, leite, água e etc...

Já que você não iria estar ali, pelo menos deixou organizado e bem feito para que ele não passasse as próximas cinco horas entediado.

Normalmente a mãe da noiva entra no camarim para desejar boa sorte e ter todo aquele chororo que sempre tem. Porém, você já havia deixado avisado que não queria ninguém além de Yuzuha, e os profissionais na sala.

Portanto, Mitsuya poderia ficar no conforto de vários sofás, poltronas, comes e bebes, tudo porque ele quis fofocar.

Kokonoi estava inquieto, te esperava ansioso mas nem tanto, enquanto seu corpo permanecia inquieto sua mente estava no momento em que assinar alguns contratos da empresa do seu pai, recebendo grandes lucros de suas ações.

Enquanto isso.

Você pegava sua mala arrumada e partia para o carro onde você e Yuzuha iria para o cruzeiro.
Descia as escadas com suas duas enormes malas, quando recebeu uma notificação de mensagem do Hakkai.

eu não queria me intrometer, mas bem, fui ao banheiro e escutei Kokonoi dizendo que, resumidamente, assumiria Akane logo depois que pegasse as ações da empresa da sua família. E eu não apoiaria nada do tipo, mas sendo sincero [Nome]...
Faz esse cretino enlouquecer quando chegar em casa”.

Você subiu novamento as escadas porque, opa, havia outro jeito de descer as malas. Elas pesavam quase 20kilos cada, subiu uma por uma foi até o quarto que Kokonoi dormia e abriu as portas da sacada, a ranger rover branca estava ali.
O carro que Kokonoi mais tem orgulho de ter comprado, porque segundo ele, foi com os primeiros dinheiros que começou a ganhar.
Ele pediu um Uber para não ir com o carro, até porque, não teria aquela mágica em pegar um Uber recém casados. Esse era o toque essencial dele, ele fazia questão de deixar os carros em casa e pegar um carro estranho, sujo e fedido até o lugar onde embarcariam.

Yuzuha que te esperava paciente de dentro do carro, te viu na sacada, sorriu e buzinou. Pouco antes de te ver jogando uma mala em cima do carro dos sonhos de infância de Kokonoi.

— VOCÊ ESTÁ LOUCA?? KOKONOI VAI VIR ATRÁS DA GENTE AGORA. — Ela gritava para que você escutasse do alto.

— Que venha! — E outra mala foi jogada.

O carro começou a disparar seu alarme e todos os empregados saíram da residência, curiosos o suficiente para verem, manterem distância e continuarem ali, prontos para a próxima maluquice sua.

— Senhora Shibba! A senhora não vai impedi-la?

— Vocês impediram quando Kokonoi dormiu com outra? — Ela se encostou no carro e levantou os óculos de sol. Ela te esperaria, o tempo que for.

Você se sentou aliviada, desceu até a cozinha pegou uma faca e rasgou todos os quadros que Kokonoi havia. Ele adorava enquadrar empresários gigantescos, caras que admirava, isso servia de inspiração para ele continuar com a agiotagem.

O rímel borrado agora estava em suas bochechas, você chorava, mas não pararia!
Foi até a cama e afundou a faca no colchão, escreveu Akane. Apenas para quando Kokonoi o visse soubesse do porquê era tudo aquilo.

O terno preferido de Kokonoi estava sendo usado por ele no casamento, apenas ele escapou. Você pegou todos de dentro do closet fez vários rasgos e deixou jogados, rasgou suas cuecas preferidas e deu nó em todas as gravatas.
A maleta de dinheiro que ficava escondida foi parar perto de Yuzuha quando você jogou. Ela caiu fechada do lado da ruiva. Ela pararia em alguma ONG.

As cortinas todas rasgadas, todas as jóias — de ouro — de Kokonoi foram parar numa maleta, iria pra uma ONG também. Afinal Hajime tem tanta coisa que não usa, porque não doar.

Pegou os sapatos e os jogou na piscina enquanto pegavam fogo, sim, você colocou fogo nos sapatos de couro dele.

Você gritava, como queria extravasar. Há muito tempo engolindo o choro e fingindo que estava tudo bem, uma hora as coisas saem, de um jeito bom ou de um jeito ruim. E naquele momento você não conseguia decidir se era bom ou ruim.

Enquanto você arrancava a televisão do lugar, chamou alguns homens e pediu para que eles jogassem o eletrônico na piscina, precisou de quatro homens para o fazer. Você rasgava todos os sofás e poltronas que Kokonoi havia comprado.

Pegou álcool e jogou no restante de suas roupas.

Pegou a maleta de jóias e verificou seu telefone, ainda tinham duas horas, precisavam sair e ir direto para a embarcação.
Mas ainda tem tempo de revirar a casa, pegou uma tinta e pintou um "caminho" até onde a maleta de dinheiro ficava. Você queria que ele descobrisse que você pegou todos os Mils de dentro da mala.

Todos os perfumes e cremes para o cabelo foram jogados pelo quarto, corredor e sala. Havia vidros estraçalhados em toda a casa. Pratos já não existiam, taças muito menos. Kokonoi construiu aquela casa com tanto suor, e ela foi destruída num piscar de olhos.

Hajime surtaria quando sentisse o cheiro de seus cremes, hidratantes caros pelo quarto. Os potes jogados contra a parede. Ele iria adorar a surpresa.

Achando que fez o suficiente, você saiu e pegou suas malas, terminando de quebrar o carro com pedras do estacionamento.

Os funcionários que ainda restavam, te olhavam com surpresa, uma dama como você que sempre tratou todos bem, nunca faria isso, ou nada parecido. Mas “nunca” é uma palavra muito forte.

Kokonoi duvidou de você quando trouxe Akane para essa casa, para onde vocês dormiam e te achou fraca quando fez sexo com ela na cama em que tirou sua virgindade. Ele te achava uma mocinha, princesinha que precisava ser salva. Você mostrou para ele que estava errado, quando você quisesse também poderia ser agressiva e corajosa como um cavalheiro.

Hajime precisaria de algum apoio emocional quando chegasse em casa e visse tudo de ponta cabeça.
Você proibiu os empregados de arrumarem a bagunça, disse que isso era uma surpresa para ele e que todos estavam dispensados. Pensou bem e fez eles dividirem a maleta de dinheiro para nunca mais voltarem a trabalhar com Kokonoi. Eles aceitaram, claro, deu quase 50 mil para todos.

— Eu adorei o que você fez. — Yuzuha te abraçou e pegou suas malas.

— Eu também gostei. Mas ainda sim não é o bastante, Kokonoi tem muito dinheiro e por mais que eu tenha pegado e arruinado várias coisas, ele vai arrumar essa bagunça muito rápido.

— E? Pelo menos vamos dar um sustinho nele, quando ele ver o bebê dele amassado vai ser a ruína dele.

— Quando ele ver os cremes de hidratação, nutrição, reconstrução, os óleos que ele passa no cabelo, a decoração do quarto, a cama, a televisão na piscina, vai ser a ruína. E vai querer a morte.

— Você mexeu nos cremes dele? Ele vai surtar e eu queria estar aqui para ver.

— Vamos estar vendo os gatinhos se bronzeando.

— Gatinhos? Amor, eu quero ir em todos os brinquedos, quero ser uma criança por um mês.

— Ah, e eu peguei o cartão de crédito sem limites dele.

— Ele realmente vai querer morrer quando ver a fatura.

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Quero muito saber o que vcs acharam desse capítulo!!!!!
Sério. Eu adorei a ideia, mas sou suspeita pra falar se está bom ou não.

Quero a opinião de vocês, plis.

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