infertil

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Epílogo

—  Sinto muito. Mas sua gravidez é psicológica. Andar sentindo enjôos, tontura e até mesmo sentindo que a barriga cresça ao longo dos tempos são sintomas de gravidez, mas apenas quando se tem um feto.

— Mas...

— Você o ouviu, [Nome]. Você é infértil. O seu corpo não é capaz de gerar um bebê. — Seu marido pegou em suas mãos e as apertaram.

— Doutor, eu... Eu senti. — Você começa a chorar, sem conseguir completar a frase.

Você e seu marido tentavam ter um bebê há muito tempo. Com quase trinta e dois anos nas costas, há dez anos juntos, vocês planejavam que teriam um filho aos seus vinte e cinco anos. Era a segunda vez em cinco anos que sua mente te sabotava.

— Sinto muito mesmo, querida. Vou deixá-los a sós.

— Obrigado. — Seu marido agradeceu por você que estava em estado de choque e choro absoluto.

Todas as vezes que alisava a barriga em frente ao espelho, que se sentia enjoada após comer algo —esse algo que obviamente te fazia mal e a fazia colocar tudo para fora—, tudo não passou de ilusões da porra da sua cabeça fodida.

— Vamos, querida. Você precisa ir para a casa. Se não me quiser por lá eu posso te levar na sua mãe.

Você ficou bem mais magoada, você o quer por perto nesse momento tão delicado. Mas ele não queria ficar contigo e ouvi-la chorar e desabafar. Isso era nítido.

Seu marido não era como antes.

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