O dia estava um pouco frio. Portanto, nada de piscinas, água, ou qualquer coisa que possa lhe causar tremedeira. Vocês resolveram ficar no salão. Em um dos vários deles.
Atualmente, estavam no de self service. Todos agasalhados enquanto a comida era distribuída durante o dia de forma contínua.
- Papai, porque não podemos ir para a piscina? - Perguntou Emi, bronzeada de todos os esses dias na piscina, pela milionésima vez.
Era um tanto engraçado e fofo vê-la com a marca dos óculos de natação. Lembrava um Pandinha.
- Eu já te disse, pequena. Está frio, você pode ficar doente.
- Não fico, eu sou forte.
- É papai, nois somos fotes. - Kenny imitou a irmã.
- Nada disso mocinhos, hoje não! E não se discute mais nisso.
Às crianças fizeram carinhas emburradas e você sorriu. Ken estava começando a, de fato, se impor. Emi e Kenny tinham que aprender que não é não, ou seriam crianças birrentas e mimadas o resto da vida, com tudo mastigado.
Pelo menos esse foi o ensinamento que sua mãe lhe deu.E esse era exatamente a educação que ele tentava dar às crianças, mas acabava rendendo no final de tudo por pura pena.
Ken sentiu seu olhar sobre ele e te olhou. Com seu sorriso pequeno ainda armado no rosto, você sinalizou com a cabeça, ele entendeu. Estava fazendo um ótimo trabalho.
Ainda emburradas, as crianças comeram com gosto. Conversavam quando o assunto era de interesse e passaram boa parte assim. Agindo como adolescentes rebeldes.
Várias e várias vezes você flagrava quando Ken observava suas expressões. Você estava o encantando inconscientemente.
Quando almas gêmeas se encontram, não é preciso uma palavra para se ter um encontro de almas. A conexão é instantânea. O olhar diz mais do que palavras poderiam tentar explicar o que estava sentindo, assim como suas atitudes.
Ken quer estar com você. E você quer estar com ele. Era totalmente recíproco.
Você desviou o olhar para a boca dele e sorriu abertamente. Ryuguji desviou o olhar e abaixou a cabeça.
- Papai, porque suas bochechas estão vermelhas?
- Ah... É o frio, Emi.
- Tá tudo bem? Parece doente.
- Não, meu amor. Estou bem. Fica tranquila.
Emi olhou ao redor e parou os olhos em você. Suas bochechas estavam levemente avermelhadas, mas como uma boa criança inteligente, ela entendeu tudo.
Seu querido papai estava flertando com a titia chata que não brinca com eles. Ela preferia que fosse sua mãe, mas obviamente não era, então entre as duas, com toda certeza ela preferia a Shibba.
Estava indignada. Perplexa. Inquieta.
Contaria para seu irmão mais tarde, embora não sabia ao certo se ele entenderia. Agiriam feito duas crianças birrentas e chatas o máximo que conseguissem. Apenas para testar se a mulher pelo qual seu pai se interessou era realmente digna de tamanha confiança.
Emi era pequena mas não burra, sabia que a mulher faria o papel da sua falecida mãe. E como ninguém chega aos pés da sua genitora, ela iria te testar até o fim.
Aconselho que se prepare, Emi poderia ser insuportável quando quiser.
- Papai, você ainda ama a mamãe?
- Que? Que pergunta é essa, Emi?
- Fiquei curiosa.
- Depois conversamos, amor.
- Quero conversar agora!.
- Agora não é hora!.
O cérebro do loiro estava a mil, juntamente com seu coração. Por quê caralhos Emi estava curiosa com uma questão que já sabia a resposta?
A menina desafiou o pai com o olhar e recebeu uma reprovação pelo mesmo contato.
Você e Yuzuha se encontravam um pouco encolhida na mesa, não imaginavam o quão afiada poderia ser a língua de uma criança.
Ken suspirou e se desculpou com vocês. o clima acinzentado e com baixa energia foi percebido até pelo caçula da mesa.
- Papai, quelo ir ao banheiro.
- Claro, vamos. Se comporte, Emi.
[...]
- Podemos conversar?
- Não há nada para se conversar.
- Eu preciso mesmo conversar com você.
- Se foi pelo que Emi disse na mesa, fique tranquilo. Não me atingiu ou me ofendeu de alguma forma.
- Fico realmente aliviado com isso. E espero que saiba que... Bom, eu não sei nem o que dizer, estou realmente chateado com o que ela disse.
- Eu já disse que está tudo bem. Tudo isso o que aconteceu ainda está fresco em suas memórias e é normal que ela se sinta assim. Tá tudo bem, mesmo.
- Eu estou gostando de você mas esse lance está me matando. Me sinto culpado por gostar de outra mulher quando a mãe dos meus filhos morreu há um ano.
- Eu me separei tem algumas semanas e também estou me sentindo culpada. Mas, são situações diferentes, nem sei porquê disse.
- Sim, bom, espero que isso não nos atrapalhe. Eu já me decidi e estou disposto a tentar algo com você, se for para superar algo, superaremos juntos.
- Também estou gostando de você.
Mas vocês mal se conhecessem, Kokonoi pode mata-lo, a mídia pode acabar com a saúde mental dele, você pode estar confundindo as coisas e pensar que gosta dele quando na verdade está carente, Emi pode fazer a vida dos dois um inferno... Você queria dizer isso tudo para ele, mas se segurou.
Não vale a pena vomitar desculpas quando tudo o que você quer está em suas mãos.
E bem, isso é uma puta autocrítica, você está fazendo isso nesse exato momento. Mas sempre consciente das palavras de sua terapeuta.Quando tiver o mínimo de sinal wi-fi, ligaria para ela no mesmo instante.
- Emi parece não ter gostado da nossa interação, acredito que ela já entendeu o que está acontecendo entre nós.
- Emi é esperta, e eu espero que seja paciente com ela. Isso era isso o que eu iria dizer. Emi é teimosa e determinada, se ela colocar na cabeça dela que deveríamos ficar longe, ela vai o fazer, custe o que custar. E me desculpe por isso.
- Eu gostaria de ser mãe então é claro que eu tenho paciência. Talvez não experiência, na verdade quase nada, mas não vou me deixar abalar.
- Que bom.
Ele se aproximou e te abraçou, você de início ficou imóvel, mas não tardou em rodear os braços na cintura dele e o apertar.
Você olhou para cima e apoiou o queixo no peito dele.- Pode confiar em mim, farei com que ela aprove esse futuro relacionamento.
- Sim, faça isso e prove que consegue domar a pequena fera. - Ele riu olhando em seus olhos.
Os sentimentos que Ken tando guardou para si finalmente veio a tona. Ser pai solo o tirou várias dádivas, como por exemplo se apaixonar novamente. E era exatamente isso o que estava acontecendo.
Naquela pequena troca de olhares, ele se viu num futuro não muito longe, amando novamente.
A flor que murchou, nasceu de novo e começou a desabrochar.
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Nossos Filhos - Draken
FanfictionVocê estava na sua pior fase da sua vida, pela segunda vez sua cabeça alucinógena mentiu pra vocês. Você não estava grávida, era a porra de uma infertil. E Kokonoi não tinha mais cabeça para aguentar essa sua ilusão e se afundou nos trabalhos. "Tr...