Capítulo 11

35.4K 2.4K 204
                                    

• Laura Campos •

Peguei a mantinha do meu filho na mochila de passeio dele e o cobri.

Tínhamos terminado de comer e agora meu neném tava todo dengoso.

Beijei a testa dele e voltei a olhar pro Renan.

- Tu é uma mãe maravilhosa. - Ele disse do nada e senti minhas bochechas esquentarem.

- Obrigado. - Sorri de lado e passei a mão nas costas do Kevin que estava deitado em meus braços.

- Vão fazer o que amanhã? - O Caleb perguntou e olhei pro mesmo.

- Na verdade vamos ir no bar que vocês estavam. - Milena disse sorrindo pra ele e eu arqueei a sobrancelha.

Safada, tá doida pra dar pro Caleb.

- Pô, vamo se encontrar amanhã de novo então. - Ele disse sorrindo pra ela e mordeu o próprio lábio inferior.

Meu Deus, eles estão se comendo pelo olhar ou é impressão minha?

Ri baixinho dos meus próprios pensamentos e olhei pro Renan que olhava a cena também.

- Você vem também? - Perguntei pra ele, que rapidamente me olhou.

- Quer que eu venha? - Me olhou nos olhos e umedeceu os lábios.

- Claro, estamos virando amigos, não é? - Sorri pra ele que fez uma careta.

- Irei vir sim. - Ele voltou a sorrir e olhei pra sua boca rapidamente.

Desviei o olhar pro meu filho que puxava minha blusa.

- Tetê. - Disse dengoso e com os olhinhos pesados de sono.

Suspirei e baixei o decote da minha blusinha, puxando meu seio pra fora.

Meu filho começou a mamar e fiz um carinho no cabelo dele enquanto o mesmo cobria meu seio e o rostinho com a naninha.

Puxei a mantinha mais pra cima no seu corpo pequeno e o segurei mais firme.

- Ele não é pesado? - Renan me perguntou e eu olhei pra ele.

- Muito, mas não tenho escolhas. - Ri de leve dando de ombros e ele assentiu.

- Tá certo. - Sorriu pra mim e peguei meu copo de coca, tomando um gole.

- Trabalha nos bombeiros né? - Perguntei pra ele enquanto colocava meu copo de volta na mesa.

- Sim, no batalhão aqui do bairro mesmo. - Falou cruzando os braços enormes sob o peito, atraindo meu olhar para os mesmos por um breve momento.

- Faz muito tempo que se tornou militar? - Olhei novamente para seus olhos, vendo um sorrisinho de lado em sua boca.

- Já fazem sete anos, entrei no curso com vinte e um anos e consegui emprego no ano seguinte, logo que me formei. - Ele disse e umedeceu os lábios. - E tu? Sempre quis ser professora?

- Sim, desde pequena eu observava as professoras e ficava encantada com a profissão. Assim que terminei o ensino médio foi uma luta para os meus pais deixarem eu ingressar na faculdade de pedagogia mas deu tudo certo graças a Deus. - Sorri boba e fiz carinho no braço do meu bebê que estava por cima da naninha.

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora