Capítulo 102

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• Laura Campos Garcia •

Entrei rápido no quarto da maternidade onde minha amiga está e sorri vendo ela com a pequena Maitê nos braços.

- Amiga, bem que você disse que dói muito pra amamentar. - Foi a primeira coisa que ela disse quando me viu e em seguida gemeu de dor.

Ri de leve a abracei com cuidado.

- Estou tão orgulhosa de você minha raio de sol. - Falei baixinho e beijei seu rosto de leve.

- Obrigada amiga. - Ela disse emocionada.

Me afastei e beijei a mãozinha da pequena Maitê.

- Como foi o parto? - Me sentei ao seu lado e fiz um carinho em seu cabelo.

- Difícil, comecei a sentir as dores no banho, eram 21h da noite e dali em diante comecei a contar o tempo como a doutora me ensinou. - Ela disse a passou a mão no bracinho da filha. - Só por volta das duas da manhã viemos pra cá e ainda mal tinha começado a dilatação.

Suspirei assentindo, ainda fazendo um carinho em seu cabelo vermelho.

- Tomou analgesia? - Perguntei pra ela.

- Não, não quis, aguentei a dor até o final. - Ela fez careta e eu ri de leve.

- Mas e na hora de ela nascer? Ocorreu tudo bem? - Perguntei preocupada e levei a mão até o pezinho da neném, que está coberto pelo macacão.

- O parto foi rápido, na primeira forcinha ela já saiu. - Milena disse rindo e ajeitou a filha, guardando o peito na camisola.

- E a amamentação? Tá doendo muito mesmo? - Perguntei e passei álcool em gel nas mãos e braços, antes de pegar minha afilhada.

A deitei em meu peito e fiz carinho nas suas costinhas.

Olhei pro lado sentindo um corpo se encostar no meu, vi ser meu marido.

- Meus parabéns Milena. - Ele disse e beijou a testa da minha amiga que sorriu boba.

- Obrigado grandão. - Ela agradeceu e voltou a me olhar. - Dói demais amiga, queima tanto que parece que meu peito tá pegando fogo.

Ela disse e eu assenti, lembrando da dor horrível do começo da amamentação.

- Tome bastante banho de sol nos seios, passe açúcar também nos bicos que ajuda a cicatrizar mais rápido, além da pomada recomendada. - Falei e ri quando a pequena deu um arroto.

Com cuidado a deitei em meus braços e fiz um bico, vendo meu marido passar o dedo na bochechinha gordinha dela.

- Já quero a nossa Bia aqui. - Ele disse todo bobo e me encostei pra trás em seu peito.

- Eu também amor, elas vão ser amiguinhas. - Falei sorrindo e ouvi a risada do Caleb.

- Te falar irmão, agora entendo o lado pai babão que tu sempre teve. - Caleb disse e o olhamos, vendo ele sorrir todo bobo pra filha em meus braços.

- Mó bom esse sentimento né? - Meu marido perguntou e com cuidado passei a Maitê pros braços do Caleb.

Ela se aconchegou toda fofinha no peito dele e suspirou como se estivesse feliz.

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