Capítulo 45 (Especial)

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• Letícia Campos •

Sorri de lado vendo a minha filha entrar na escola com o meu neto em seus braços e só quando eles sumiram da minha vista, entrei no banco do passageiro, ao lado do Renan.

- Ansiosa pra ver teu admirador não tão secreto assim? - Renan me perguntou com um sorrisinho sacana no rosto.

- Aí Renan. - Dei um um tapa no seu braço, rindo nervosa.

- A senhora tá sendo muito maldosa com o homem. - Ele falou rindo de leve.

- Você também acha? - Perguntei incerta e ele manteve sua atenção no trânsito, assentindo.

- Sim e sei que não é só pelo divórcio, mas também por que você tem medo de se envolver e se machucar de novo. - Ele disse e suspirou, notei então que entrávamos na rua rua do escritório. - Mas eu tenho certeza que esse cara aí, não é um maluco igual seu ex, se deixa viver Dona Letícia, se deixa ser amada do jeito que merece, sua filha já te disse isso e agora eu estou te pedindo também, vá ser feliz sem receios.

O Renan estacionou na frente do escritório e então me olhou, me fazendo respirar fundo.

- Seja o que Deus quiser então meu genro. - Falei e tirei o cinto, ouvindo seu riso pelo apelido que eu insisto em o chamar.

Dei um beijo em seu rosto, agradecendo pela carona e sai do carro.

Minhas mãos tremiam de ansiedade, pareço uma adolescente indo ao encontro do seu primeiro amor.

Arrumei minha calça pantalona no corpo e então o decote da blusinha de seda, pronta pra deixar o passado de vez de lado.

Respirei fundo e entrei no escritório, a secretaria imediatamente sorriu pra mim.

- Bom dia Letícia, doutor Fernando já está a sua espera. - Ela disse simpática como sempre e sorri em resposta.

- Obrigada minha linda. - Falei e com as pernas bambas andei até a porta grande de madeira que ficava um pouco afastada de sua mesa.

Respirei fundo pela décima vez e entrei em seu escritório.

Fechei a porta atrás de mim e mordi o lábio, tendo o olhar intenso daquele homem enorme, em mim.

Ofeguei vendo ele apoiado com a bunda na mesa e um buquê de flores em mãos.

- Cada dia que passa você fica ainda mais linda. - Ele disse olhando meu corpo inteiro, me arrepiei e me aproximei devagar. - Feliz dia das mulheres Letícia.

- Obrigado. - Disse baixinho e coloquei a bolsa na poltrona, antes de parar em sua frente.

Ele enlaçou minha cintura com o braço e colou nossos corpos, me deixando minhas pernas ainda mais fracas.

Ele sempre tentava essa aproximação mas eu o afastava.

Me aproximei mais ainda dele, vendo um sorriso lindo aparecer em seus lábios.

Peguei as flores com cuidado e as cheirei.

- Segunda vez que ganho flores só hoje. - Sorri boba e o olhei, vendo seu sorriso se transformar pra uma cara séria.

- Como assim? - Perguntou com a voz rouca e me apertou contra seu corpo, ainda pela minha cintura.

- Meu genro e neto acordaram a mim e a minha filha com flores e café da manhã. - Falei simples e ri quando sua carranca se suavizou. - Ciúmes?

Deixei as flores na mesa atrás dele e deslizei as unhas por seu peito.

- Sabe que sim. - Disse baixo e nos virou, me colocando contra a mesa. - Ainda não me afastou ou me repreendeu, o que mudou? - Perguntou me olhando nos olhos e apertei sua blusa social de botões entre meus dedos.

- Tudo, eu tô pronta pra viver uma nova história. - Falei olhando em seus olhos e vi um brilho intenso aparecer ali, enquanto ele me olhava fixamente. - Então minha resposta pra sua pergunta da semana passada é, eu quero. - Falei desviando meu olhar do seu e mirando sua boca carnuda.

- Quer o que? - Ele sussurrou baixo e pressionou o quadril contra minha barriga, quase gemi sentindo sua ereção latejando.

- Eu quero jantar com você sim, na verdade, eu quero você. - Falei tomando coragem e fechei meus olhos no segundo seguinte, quando sua boca tomou a minha em um beijo avassalador.

Minhas mãos foram direto pra sua cabeça e o puxei mais pra mim, inclinado meu pescoço pra trás para o receber melhor.

Ele agarrou minha bunda com força e me levantou, ofeguei surpresa e tive meu lábio inferior mordido.

- Porra eu esperei e sonhei tanto com isso. - Ele disse contra minha boca e chupou meu lábio, iniciando mais um beijo gostoso.

Enlacei sua cintura com minhas pernas e suas mãos grandes me apertaram pela cintura.

Nossos lábios se moviam em sincronia e sua língua lutava contra a minha em uma dança erótica gostosa demais.

Eu estava a ponto de derreter em seus braços.

Suas mãos fortes descerem por meus quadris e ele agarrou minhas coxas, pressionando sua ereção ainda mais em mim.

Me afastei com a respiração ofegante e coloquei as mãos em seu peito definido, sob a camisa.

- Aqui não. - Eu falei olhando em seus olhos e ele lambeu os lábios.

- Mais tarde vou te levar pra jantar e de hoje não passa. - Ele disse com a voz rouca e eu gemi, sentindo minha calcinha molhar.

Ele grunhiu e me puxou pra mais um beijo, passando os braços por minha cintura e devorando meus lábios com ainda mais vontade.

Me entreguei de vez, apertando seus bíceps com força enquanto chupava sua língua e o beijava com um fogo jamais sentindo por mim antes.

...

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