Capítulo 74

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• Laura Campos •

Levei mais um pedaço do peixe frito a boca e cantei baixinho junto com a música.

- Bora dançar minha gata? - Renan perguntou no meu ouvido e roçou os lábios ali.

- Vamos. - Sorri e descruzei as pernas, deixando sua mão livre.

Me levantei e arrumei o vestido que tinha subido.

O Renan levantou logo após e deixou a mão na minha bunda, caminhando comigo até onde os casais dançavam.

Me virei pra ele e envolvi e mão em sua nuca, grudando nossos corpos com um sorriso leve nos lábios.

Ele deixou a mão na minha bunda e outra colocou na minha cintura.

Meu preto sorriu de lado pra mim e então deixou o rosto colado no meu, começando a se mover no ritmo do pagode que era cantado pelo grupo que havia ali no local.


Eu tô sem jeito mas preciso tocar nesse assunto
Já faz um tempo que estamos juntos
Amor eu não quero mais

Mexi meu corpo junto ao dele e mordi lábio, ouvindo ele cantar no meu ouvido.


Dormir sozinho e acordar sem você do meu lado
Depois de um dia inteiro agarrados
Te deixar na casa dos seus pais

O Renan apertou minha cintura e eu deslizei a mão por sua cabeça, deixando a outra em seu braço forte.


Escolhe o bairro e eu corro atrás de papelada
Sobrado, apartamento, contigo eu moro até na calçada
Meu amor deixa eu cuidar de você

Sorri toda boba com a letra sendo cantada por ele, diretamente pra mim.


Quero perder minhas meias na sua gaveta
Te ver com a camiseta autografada
Que eu ganhei do Arlindo
Acordar bem antes de você pra te ver dormindo

Cantei junto com ele e seu aperto na minha cintura se intensificou.


Quero o meu sobrenome no seu RG
Elogiar você na roda dos amigos, onde for
Fui bem claro dessa vez
Vem morar comigo amor

Ele riu baixo no meu ouvido e se afastou um pouco para selar nossos lábios.

Deixei minha mão deslizar pra seu rosto e fiz um carinho em sua bochecha, enquanto nos olhávamos e dançávamos juntinhos.

- Te amo. - Sussurrei pra ele que sorriu todo bobo e colou a testa na minha.

- Te amo mais. - Respondeu baixinho e apertou mais nossos corpos juntos.

Passei ambos os braços por seu pescoço e o abracei, afundando meu rosto em seu pescoço cheiroso.

As mãos dele deslizaram por minha cintura e desceram até ambas estarem repousando na minha bunda.

Beijei o pescoço dele com leveza e deslizei as unhas por sua cabeça.

Ficamos dançando agarradinhos até o fim da música, só aproveitando nosso momento, mas logo que a mesma acabou voltamos pra mesa.

- Vocês são tão fofinhos. - A Ana falou assim que me sentei e ri dela.

- Vocês que são, ainda mais agora com essa barriguinha. - Fiz bico pra ela.

- Tô ansiosa pra próxima consulta. - Ela disse toda feliz e assenti, abraçando o braço forte do meu namorado.

- Tô ansiosa por você também, imagina se for gêmeos mesmo. - Sorri e senti a mão do Renan na minha perna.

- Certeza que é amiga, olha o tamanho dessa barriga pra três meses. - Ela disse e levantou, passando a mão na barriga que está de fora por causa do cropped que ela usa.

- Certeza que é. - Milena falou e eu concordei.

- Vou babar demais nesses bebês. - Voltei a fazer bico mas agora pras duas que riram.

- Pô, já disse pra gente fazer um também. - O Renan disse e bebeu seu chopp, me olhando safado, com um meio sorriso na cara.

Umedeci os lábios e sorri de lado.

- Mais tarde a gente tenta. - Falei baixo apenas pra ele ouvir e segurei um gemido, quando sua mão apertou minha coxa com força.

- Mal posso esperar. - Ele disse e desceu o olhar pelo meu corpo.

Peguei me copo de chopp e dei um longo gole do mesmo, tentando abaixar meu fogo.

O que não funcionou por que só me deixou ainda mais quente.

Coloquei minha mão em cima da do Renan e peguei um ovo de codorna na bandeja, comendo o mesmo.

Vi o Caleb levantar junto a minha amiga e a abraçar por trás, indo até onde o pessoal estava dançando.

Sorri de lado e voltei a atenção ao outro casal na mesa.

...

Ri quando o Renan me abraçou por trás e começou a mordiscar meu pescoço de leve.

- Amor a gente vai cair. - Falei segurando sua mãos na minha barriga, andando com cuidado até o carro.

- Tô louco pra me enterrar dentro dessa buceta gostosa. - Ele disse rouco no meu ouvido e eu gemi manhosa, sentindo minha calcinha encharcada.

- Amor, faz assim não. - Choraminguei pra ele e ganhei um tapa forte na bunda. - Meu Deus Renan, estamos na rua.

Me afastei rindo e ele grunhiu.

- Ninguém manda ficar falando com essa voz manhosa, sabe que ficou louco. - Ele falou e tentou me agarrar de novo.

- Sai! - Falei rindo e corri em cima dos saltos, até o carro que estava um pouco mais à frente.

Ouvi a risada dele e entrei no carro assim que ele destravou o mesmo.

Coloquei minha bolsinha no colo e passei o cinto pelo corpo.

O Renan entrou também e logo acelerou pra casa, deixando a mão na minha coxa.

Hoje o cabaré vai pegar fogo como diz meu amigo.

...

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