Capítulo 35

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• Laura Campos •

Vesti minha roupa novamente, menos a minha calcinha óbvio, por que ela está numa situação deplorável, coitada.

Guardei a mesma em uma sacolinha e coloquei dentro da minha bolsa.

Ouvi o barulho de uma buzina de moto e em seguida o Renan saiu do quarto já com uma roupa limpa no corpo.

Penteei meus cabelos com os dedos mesmo e prendi em um coque, só iria lavar em casa.

Peguei minha bolsa e desci.

- Bora comer. - O Renan entrou de volta na casa dele com um saco de papel em mãos e então deixei minha bolsa do sofá.

Fui até a cozinha e me sentei na mesa onde ele já estava e tirava as embalagens de lanches de dentro.

- Meu Deus, pra que esse tanto de hambúrguer? - Perguntei vendo pelo menos umas cinco caixas de hambúrguer do McDonald's.

- Sou um homem grande, preciso me alimentar bem. - Ele piscou pra mim com um sorrisinho de lado e eu ri.

- Seu safado. - Dei um empurrãozinho em seu braço e ele riu comigo.

- Tu gosta que eu sei. - Disse e se sentou ao meu lado.

Peguei uma batatinha e coloquei na boca, sorrindo de leve.

- Que mulher não gostaria de ter um preto desses em sua vida né? Gostoso, lindo, carinhoso, atencioso, cuidadoso e ainda por cima sem medo de se entregar aos seus próprios sentimentos. - Falei o olhando e então peguei uma das caixinhas que ele colocou em nossa frente.

- Chama de preto não que eu fico gamado. - Ele disse e me acompanhou, pegando um hambúrguer de dentro das caixinhas.

- Bom saber. - Umedeci os lábios e dei uma mordida no meu lanche.

Olhei pra ele enquanto mastigava e vi que ele tinha os olhos em mim, seus lábios se ergueram em um sorriso e então ele me roubou um selinho.

- Linda. - Disse simples e mordeu seu lanche.

Eu sorri ainda mastigando e coloquei minha perna por cima da sua.

- Não esquece que tem que pegar teu uniforme e a roupa do Isaac. - Falei e dei mais uma mordida no meu lanche.

- Pode deixar, tava pensando nisso agora mesmo. - Ele lambeu o molho que tinha em seus lábios e então continuou a comer.

- Tu pega as coisas na casa da mãe dele quando ele vem pra cá? - Perguntei curiosa e ele riu de leve.

- Não, ele tem as coisas dele lá e aqui também, só traz algo se quer muito usar ou brincar mas depois leva de volta. - Ele disse me olhando e eu arqueei a sobrancelha.

- Voce é um pai maravilhoso sabia? - Sorri e peguei um guardanapo, limpando sua bochecha suja em seguida.

- Só faço meu papel, os cara por aí acham que ser pai é pagar pensão e levar o filho pra passear final de semana, mas a gente sabe que não é bem assim. - Ele disse deixando o hambúrguer de lado e pegando os dois copos de refrigerante.

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