Capítulo 21

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• Renan Garcia •

Depois de deixar meu filho em sua casa, que a propósito não queria nem se despedir de mim de tão eufórico que estava, dirigi direto pra casa da Laura.

Ela me pediu pra descer por que queria conversar comigo e eu já sabia que era sobre o que aconteceu no shopping.

Me sentei no sofá da sala dela e fiquei ali esperando ela colocar o bebê pra dormir e só então voltar.

Como já tínhamos jantado na rua mesmo, o Kevin mamou e dormiu no caminho.

Quando ela voltou pra sala, só a puxei pro meu colo e ela selou rapidamente nossos lábios.

- Se não quiser falar sobre, tá tudo bem. - Passei a mão por seu cabelo longo e ela se ajeitou no meu colo, sentada de lado.

- Eu sinto que devo, não só por você ter me ajudado hoje mas também por que vou precisar da sua ajuda pra mais uma coisa. - Ela respirou fundo me deixando confuso.

Ela passou a ponta dos dedos pela minha bochecha e olhou nos meus olhos.

- Quando minha mãe era adolescente, os pais dela a obrigaram a se casar com meu pai. - Ela suspirou e passei meus braços por sua cintura sabendo que a história seria longa. - Meu pai era apaixonado pela minha mãe e queria se casar com ela, mas por ser dez anos mais velho meus avós não achavam uma boa ideia esse casamento então meu pai deu um jeito de ser pego roubando um beijo forçado dela, meus avós enlouqueceram com aquilo por que o pastor da igreja também estava junto e viu tudo. Então a obrigaram a se casar com apenas dezesseis anos.

Arregalei os olhos e a abracei quando ela deitou a cabeça no meu ombro, deixando o rosto no meu pescoço.

- Minha mãe no começo do casamento, conseguiu comprar anticoncepcional pra não engravidar mas parece que meu pai descobriu e então veio a primeira surra, nesse mesmo dia eu fui feita de forma violenta e forçada. - Ela fungou e passei a mão por seus cabelos. - Depois que eu nasci, minha mãe estava muito focada em cuidar de mim e me proteger do meu pai, então o mesmo começou a ter um ciúmes doentio dela comigo, fazendo assim da vida dela um verdadeiro inferno. Desde que me entendo por gente eu lembro de ouvir minha mãe apanhar sem dizer uma palavra, ela sempre me disse que não saia daquela situação por que não tinha pra onde ir, ainda mais com uma criança pequena e assim foi durante toda a minha adolescência também.

Ela afastou o rosto do meu pescoço e secou as lágrimas, beijei seu ombro com carinho.

- Quando me formei no ensino médio, meu pai queria que eu casasse com um membro da igreja mas me recusei e disse que queria ir pra faculdade, durante dois anos ele só me xingava e tentava me bater, mas nunca conseguiu por que minha mãe não deixava, até que ele simplesmente mudou de ideia. Não sabia como aquilo tinha acontecido na época, mas ele deixou e começou a pagar pelos meus estudos. - Ela suspirou e me olhou nos olhos. - Alguns meses depois descobri que meu pai estava traindo minha mãe e está apaixonado por uma outra mulher da igreja, maluca igual ele. Digo está, por que eles ainda tem um caso.

- Filho da puta. - Grunhi não aguentado ouvir tanta merda e ela riu de leve.

- Quando descobri que estava grávida, ele tentou me bater mais uma vez e me xingou das piores coisas que você pode imaginar, minha mãe mandou eu sair dali e então apanhou no meu lugar. - Ela engoliu em seco e suspirou. - Desde aquele dia não tinha visto mais ela, até hoje e olhando em seus olhos vi que ela me pedia ajuda Renan.

- Como assim? - Perguntei confuso e ela levantou do meu colo.

Franzi a testa vendo ela ir até uma caixa que tinha dentro do armário pequeno, embaixo da tv e de lá ela tirou um papel.

- Nessa carta que recebi alguns meses atrás, ela diz que meu pai está cada vez mais louco pela amante e está a deixando ela de lado, diz que ele mal dorme em casa ou aparece pra uma refeição. - Suspirou e sentou no meu colo de novo, mas de frente pra mim. - Ela diz que eu saberia exatamente a hora de a ajudar a sair daquela casa e hoje do nada, ela apareceu na minha frente e me fez sentir que esse era o momento.

Umedeci os lábios e coloquei as mãos em suas coxas.

- Só falar quando e onde que eu chamo o Caleb. - Falei sério e ela riu, me abraçando pelo pescoço.

- Você vai me ajudar? - Perguntou com a voz baixa e roçou os lábios nos meus.

- Depende, qual vai ser meu pagamento? - Falei me fazendo de bobo e ela sorriu.

Gemi quando ela mordeu meu lábio inferior e colou mais o corpo no meu, minhas mãos foram automaticamente pra sua bunda grande.

- Se quiser posso te dar uma prévia do pagamento agora mesmo. - Falou manhosa contra minha boca e meti um tapa naquela raba gostosa.

- Vai ter que fazer direitinho pra me convencer. - Sorri safado e ela atacou minha boca, iniciando um beijo cheio de tesão enquanto começava e rebolar no meu colo deixando meu pau duro na mesma hora.

Ela chupou minha língua e gemeu manhosa quando enfiei as mãos por dentro da sua calça larga, enchendo ambas com a carne farta e macia da sua bunda.

A Laura se esfregou mais ainda em mim e segurou meu maxilar com uma mão, me fazendo olhar em seus olhos enquanto ela deslizava a língua por meus lábios lentamente.

Caralho de mulher gostosa.

...

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