Capítulo 47

23.7K 1.8K 192
                                    

• Laura Campos •

Segurei firme na mão do Renan e o acompanhei pra dentro do salão que foi alugado pra festa do pequeno Isaac.

Ele levava o Kevin no outro braço com a maior facilidade do mundo, enquanto ria com o mesmo.

- Maninho! - Ouvi o grito do Isaac e arregalei levemente os olhos.

O Renan soltou minha mão pra colocar o pequeno no chão, que correu abraçar o amigo, ou melhor, o irmão.

Ri da empolgação deles e vi um casal se aproximar, quando chegaram perto soube que era a mãe a padrasto do Isaac.

- Ainda bem que vocês chegaram, o Isaac estava me deixando louca já. - A Ana falou e quase babei nela.

Uma mulher preta, de tranças longas, um vestido vermelho colado em seu corpo sarado e saltos maravilhosos nos pés.

Nunca tinha reparado nela e meu Deus, que mulher maravilhosa.

- Quanto tempo Laura! - Ela sorriu simpática e veio até mim, me abraçando.

- Pois então, primeira e última vez que nos vimos foi na reunião de pais. - Ri envergonhada, a abraçando de volta.

- É muito bom saber que meu amigo e meu filho tem alguém tão especial em suas vidas. - Ela disse no meu ouvido e sorri boba.

Me afastei piscando pra ela e me virei pro homem ao seu lado.

- João, certo? - Perguntei sorrindo e ele assentiu.

- Um prazer te rever. - Ele disse e me abraçou rapidamente.

- Bom, essa é minha mãe, Letícia. - Falei após nos afastarmos e puxei minha mãe pra perto.

Eles se cumprimentaram rapidamente e ofeguei surpresa quando olhei pro Renan, ao seu lado tinha outro casal.

- Mãe, pai, essa é a Laura, minha namorada e essa é Letícia, minha sogra. - O cara de pau disse e só não voei nele por respeito aos seus pais.

- É um prazer querida, sou Renata. - A mulher mais velha veio até mim e me esmagou em um abraço. - Sonhei tanto com esse momento.

- É um prazer Dona Renata. - A abracei de volta e ri beijando seu rosto antes de nos afastarmos.

- Prazer, sou Guilherme. - O homem mais velho disse e nos abraçamos rapidamente.

O Renan veio pra perto e sorriu pra mim, fiz questão de retribuir com um sorriso bem falso.

- Tá fodido irmão. - Ouvi o João dizer baixo pra ele.

Ele engoliu em seco e me abraçou de lado, pela cintura.

Apresentei minha mãe pra eles também e olhei em volta.

- Meu Deus, cadê o Kevin? - Perguntei desesperada quando não encontrei meu filho e me afastei deles.

Sai andando pelo meio das pessoas já sentindo meus olhos enchendo de lágrimas.

- Kevin! - Chamei por ele e vi algumas crianças brincando mais ao fundo.

Segurei a bolsa contra minha barriga e corri como pude, em cima daqueles saltos, até a área onde as crianças estavam.

Estava toda a minha turma naquele espaço, brincando nos brinquedos infláveis, entre outras coisas que haviam por ali.

Ofeguei olhando em volta e fui passando por todos os pequenos, procurando pelo meu filho.

Coloquei a mão no peito, sentindo a sensação de alívio atingir em cheio o meu peito, quando o vi rindo com o Isaac dentro da piscina de bolinhas que tinha mais ao canto.

Senti braços me envolvendo por trás e sabendo que era o Renan, só deixei meu corpo relaxar pra trás em seu peito.

- Calma loira, o Isaac me disse que traria o Kevin aqui e você viu na entrada, tem um portão com segurança pras crianças não saírem e ali. - Ele apontou pra uma moça que olhava pros dois dentro da piscina. - É uma recreadora, e tem mais algumas espalhadas por aqui.

- Eu me assustei, desculpa. - Sussurrei e fechei meus olhos, acalmando minha respiração.

- Vem cá. - Ele me virou de frente pra si e me abraçou, beijando minha testa com carinho. - Tá tudo bem e eu entendo seu susto.

Suspirei o abraçando com força e inspirei seu cheiro que sempre me acalmava.

Aos poucos meu coração acalmou e me veio a cena dele me chamando de namorada, a cabeça.

Me afastei e dei um tapa fraco em seu peito.

- Namorada, senhor Renan?! - Perguntei puta e ele mordeu o lábio inferior.

- É pô, faz quase dois meses que a gente tá saindo. - Ele passou a mão na cabeça, envergonhado.

- Namorada o caralho, acha que é assim? Simplesmente sai falando que a gente tá namorando? - Coloquei as mãos na cintura e ri. - Nem fudendo, vai fazer bonitinho, com aliança e tudo, se não eu continuo solteira.

Fiz bico e virei de costas pra ele, cruzando meus braços.

Ele rapidamente me abraçou por trás.

- Solteira o meu cacete, faço o que você quiser minha loira, mas não fala essa palavra de novo. - Ele resmungou no meu ouvido e eu segurei a risada.

- Passei anos sonhando em ter um namorado, em usar aliança e ser mimada, quero tudo bonitinho. - Continuei de braços cruzados e ouvi sua risada no meu ouvido.

Aí papai, arrepiei.

- Aliança, flores e então eu te comendo bem gostosinho. - Disse baixinho, roçando os lábios da minha orelha e eu ofeguei.

Filho da puta sabe me desarmar direitinho.

- Pode parando. - Choraminguei manhosa e ele riu, me apertando mais contra seu corpo.

- Quando tu menos esperar, vai ter uma aliança enorme nesse teu dedo. - Ele disse e sorri boba.

Coloquei minhas mãos sob as suas e olhei pros dois pequenos que agora tinham companhia de mais duas meninas, brincando de jogar bolinha pra cima.

O Renan ficou ali comigo mais um pouco, só olhando pros dois e então decidimos ir sentar com a família dele.

Fiquei com dó da minha mãe por tê-la deixado sozinha, mas assim que chegamos na mesa, dei risada vendo ela conversar toda feliz com a mãe do Renan.

Ele beijou minha mão, também olhando pra elas e nos sentamos juntos.

Ele colou nossas cadeiras e passou o braço pelo encosto da minha, me mantendo pertinho de si.

Muito meu grude.

...

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora