VII

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— Ferreira, vem cá, preciso falar com você em particular.

— Claro, Felipe. O que foi?

Os dois se afastaram um pouco do grupo, enquanto Bitello os observava de longe, com uma expressão de descontentamento.

— o que aconteceu entre você e o bitello? Eu percebi que as coisas ficaram tensas ali na mesa, o que tá rolando?

— Ah, nada, Carballo. Foi só um desentendimento bobo. Melhor deixar isso pra lá.

Mas Carballo não pareceu convencido e continuou insistindo:

— Tem certeza? Não foi isso o que pareceu, parecia que vocês iam transar a qualquer momento bem ali naquela mesa.

Ferreira suspirou e finalmente cedeu:

— Tá bom, eu conto. A verdade é que eu e o Bitello acabamos nos beijando ontem...e quase fomos além disso. Mas aí tive que resolver uns problemas...

— DEUS MEU! Eu sempre desconfiei! —carballo riu. — Mas isso é muito louco, Ferreira! Você tá a fim dele?

Ferreira riu e mandou ele calar a boca:

— Cala a boca, Carballo! Não conta isso pra ninguém, ok?

Carballo cruzou os braços e fez uma proposta:

— Eu não conto nada se você fizer o mesmo que fez com o Bitello comigo.

Ele colocou as mãos delicadamente na cintura de Ferreira

Ferreira ficou um pouco surpreso com a proposta de Carballo, mas não conseguia deixar de rir com a situação.

— Você está brincando, certo? — perguntou Ferreira, ainda rindo.

Carballo também riu e respondeu:

— É claro que é brincadeira, mas quem sabe se você quiser fazer algo parecido comigo um dia.

Enquanto isso, Bitello observava de longe, sentindo um misto de ciúmes e tristeza.

— Hahaha, não sei se estou preparado para essas brincadeiras, Carballo. Mas quem sabe um dia, né?—Ferreira tirou as mãos de Carballo de sua cintura.

Ferreira deu uma risada nervosa e tentou mudar de assunto, sentindo-se desconfortável com a situação. Ele olhou para Bitello, que estava sentado na mesa com os olhos sob ele, mas desviou o olhar rapidamente. Ferreira sentiu um aperto no coração ao vê-lo conversando com Renato e Bruno.

— Vamos lá, Felipe, antes que alguém perceba que estamos faltando.

Os dois voltaram para a mesa e se juntaram ao grupo. Bitello olhou para Ferreira por um momento, mas logo desviou o olhar, evitando qualquer contato visual. A tensão ainda estava lá, mas agora parecia ter se espalhado para todo o grupo.

Bitello não aguentou a curiosidade e falou com um tom provocativo:

— E aí, Carballo? O que você e o Ferreira conversaram que não podíamos saber?

Carballo respondeu com ironia:

— Ah, nada demais, só estávamos lembrando do dia em que matamos um gato.

— o que????

— a curiosidade matou o gato. —carballo riu de sua própria piada..

Ferreira riu da resposta e interferiu:

— meu Deus, que piada horrível.

— Você é uma vergonha pro meu país... —Suárez disse rindo.

Eu quero arruinar nossa amizade Onde histórias criam vida. Descubra agora