XV

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Ferreira saiu do estádio cambaleando, ainda atordoado pelas imagens que foram mostradas no telão. Ele não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Seus pensamentos estavam confusos, mas uma coisa era clara em sua mente: ele precisava sair dali o mais rápido possível.

Caminhando pela rua, Ferreira sentia um misto de medo e vergonha. Ele não se procupava com ele, mas sim com bitello, isso poderia prejudicá-lo. E pensava também naqueles exames de drogas. Quem poderia ter feito isso ele? A izebele estava mesmo por trás disso? Como convencer as pessoas que ele era inocente?

Ferreira estava prestes a entrar em seu carro quando ouviu um som vindo de trás. Ele se virou e viu 4 homens vestidos de preto se aproximando. Os homens começaram a xingá-lo e a atirar objetos em sua direção. Ferreira tentou entrar em seu carro, mas eles o seguraram e começaram a agredi-lo.

Ele tentou se defender, mas a violência dos homens era implacável. Ferreira acabou desmaiando, caído no chão, sem forças para lutar.

Ferreira abriu os olhos lentamente e percebeu que estava deitado em uma maca dentro de uma maca, saindo do estacionamento da arena. Ao seu lado, Bitello segurava a sua mão e lhe sorria com ternura.

- O que aconteceu? - perguntou Ferreira, ainda meio tonto.

- meu Deus, você acordou! Quem fez isso com você?? Me diz, Ferreira!

- as imagens no telão... Me desculpa, eu...- indagou Ferreira, preocupado.

- Isso não importa agora. O importante é que você está bem - respondeu Bitello, tranquilizando o mais velho. - Eu estou aqui com você, tudo vai ficar bem.

Ferreira se sentiu aliviado ao ouvir aquelas palavras reconfortantes. Ele olhou para Bitello e percebeu que havia lágrimas nos olhos do menor.

- Por que está chorando? - perguntou Ferreira, preocupado.

- Eu não quero te perder, voce - respondeu Bitello, não aguentando e se desmanchando em lágrimas.

Ferreira apertou a mão de Bitello, sentindo a emoção se acumular em seu peito. Ele também não queria perdê-lo, não depois de tudo o que haviam passado juntos.

- Você não vai me perder, meu amor. Eu estou aqui, eu sempre estarei aqui com você. - disse Ferreira com carinho - Eu amo você.

Bitello olhou para Ferreira com um misto de amor e alívio em seu olhar.

- Eu também te amo. - sussurrou ele, antes de se aproximar para um quase beijo, até se lembrar que haviam pessoas em volta.

Ferreira sentiu seu coração acelerar, as preocupações se dissipando enquanto ele se concentrava no amor que sentia por Bitello.

Ferreira foi levado para a ambulância, enquanto Bitello tentava desesperadamente entrar junto. Renato se aproximou e colocou a mão no ombro de Bitello, impedindo-o de entrar.

- Desculpe, Bitello, mas você não pode ir junto - disse Renato, bloqueando a entrada da ambulância. - isso só vai piorar as coisas.

- Mas eu preciso ficar com ele, Renato - implorou Bitello, com lágrimas nos olhos.

- Eu sei, mas agora o melhor que você pode fazer é ir pra casa, ver como as coisas se desenrolam - explicou Renato, tentando acalmar Bitello. - Eu prometo que vou mantê-lo informado.

Eu quero arruinar nossa amizade Onde histórias criam vida. Descubra agora