Bônus: O casamento

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Os dias corriam como o brutal vento do outono e o casamento de Victoire e Teddy enfim chegou. Tanto meu irmão quanto minha prima nunca estiveram tão relaxados e estressados ao mesmo tempo. No sábado de 14 de outubro, a praia do Chalé das Conchas ganhou uma nova decoração. Dezenas de cadeiras cobertas por panos brancos se espalhavam na areia fofa e um arco adornado em flores estava centralizado entre as fileiras de assentos. Da porta do chalé ao pequeno altar de madeira, erguido sob o arco, um tapete de areia, que alguns minutos atrás era composto por um pano branco, guiava o caminho até a paisagem que era completa pelo céu misto e o mar cinzento quebrando na praia.

Uma série de feitiços foram lançados no lugar onde ocorreria a cerimônia para impedir a invasão da chuva caso ela decidisse cair, mas a pedido dos noivos só a água foi deixada do lado de fora, o que significava que o vento soprava sem piedade, enchendo sapatos com pequenos grãos de areia e forçando senhorinhas francesas correrem atrás de seus chapéus espalhafatosos. Quando perguntei, anos depois, a Teddy e Vic se eles desejavam ter feito algo de diferente, como celebrar a cerimônia na tenda lateral erguida para a festa, a resposta que ambos me deram era de que mudariam um único detalhe: tirariam as proteções contra a chuva.

Quando encontrei Ruby na sala de estar do chalé, ela estava deslumbrante, e a calma em meu peito e tranquilidade com a qual eu a olhava me deram a certeza de que tínhamos tomado a decisão certa. Ruby sorriu pra mim, indicando que tudo estava bem entre nós dois, e juntos demos início a pequena procissão em direção ao altar, que foi seguida pelos demais padrinhos e, então, Teddy.

Manter os convidados quietos com o tempo como estava não estava sendo uma tarefa fácil. Metade da plateia mantinha as mãos na cabeça, uma parte da outra batia os pés, incomodados, no chão e o restante gritava ou resmungava com grãos de areia nos olhos, nariz, boca ou nos três ao mesmo tempo. E, então, a porta do chalé abriu-se e Victoire pisou para fora. Imediatamente todo mundo se calou, com a melodia dos instrumentos de corda e sopro se unindo de forma harmônica ao vento sendo os únicos sons que ecoavam dali.

O vestido não era nada além de simples. Com delicadas e finas alças nos ombros, um singelo decote adornado por rendas que contornavam por sua cintura e então o comprimento longo e fluído da seda cintilante, ele era uma versão um pouco mais sofisticada de uma camisola, muito parecida com uma que Vic já usara diversas vezes. E eu percebi que, enquanto Teddy chegava àquela mesma conclusão, os olhos de meu irmão transbordaram de lágrimas quase imediatamente. Ainda assim, enquanto observava minha prima seguir para o altar, eu caí para o 2º lugar das pessoas mais bonitas do mundo pelas próximas horas.

Os cabelos de Vic estavam soltos, a não ser por uma única mecha lateral presa por um delicado pingente de concha azul. Enquanto os convidados lutavam para manter os penteados no lugar, os fios dourados de Victoire apenas ondulavam ao vento, criando um efeito de comercial a cada passo que a ⅛ veela dava. Teddy não tinha olhos para mais ninguém. E Victoire não parecia sequer ter notado a presença de convidados ali.

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