Elisabeth Stella Carter (parte II)

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Quando Dominique foi me buscar no quarto com alegações e reclamações de estar com fome eu tinha conseguido me recompor o suficiente para viver em sociedade.

Aceitar, entender e assumir que eu tinha... sentimentos, por Elisabeth não tinha estado nos meus planos para aquela semana. Mas eu precisaria fazer as pazes com aquilo o quanto antes e, mais importante do que tudo, superar toda aquela palhaçada.

Lisa não desceu até que a janta estivesse pronta, Fred e Dominique ficaram me entretendo com um karaokê duvidoso enquanto eu cozinhava e me concentrava nas melhores formas de lidar com toda aquela situação. Eu talvez estivesse fragilizado com as minhas derrotas e estivesse projetando em Lisa tais sentimentos apenas porque fiquei comovido com a forma que ela se preocupara comigo durante meu sumiço. O término com Ruby ainda estava recente e o encontro inesperado com Giulietta tinham gerado aquela...necessidade, em mim, e Lisa apenas calhou de estar perto. Eu superaria aquilo logo, tinha certeza.

Certeza essa que quase desceu pelo ralo assim que Lisa entrou na cozinha. Ela estava uma bagunça. Os olhos apresentavam bolsas arroxeadas abaixo dos olhos, como alguém que tinha dormido mal ou mal dormido. Os cabelos desgrenhados e a camisola que de fato apresentavam uma mancha de sorvete completavam o look e... ela era a mulher mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida. E o nó na minha barriga e a falta de ar pareciam dar ênfase nisso.

— Esse cheiro tá divino. — Ela comentou, tomando um lugar na mesa enquanto eu terminava de servir as panelas.

Para aquela noite escolhi uma receita brasileira típica que Teresa tinha me ensinado no ano anterior que consistia em arroz, feijão, filé, batatas fritas e salada. Mas meu foco tinha sido na voz cansada de Lisa.

— Dormiu bem essa noite, Elisabeth? — Perguntei, escolhendo o assento em frente a ela e pude ver de camarote quando ela travou o maxilar e engoliu em seco, como se eu tivesse perguntado quantos corpos ela já tinha enterrado.

— Não muito... como a gente chegou e já tava amanhecendo eu acabei não conseguindo... você sabe, relógio biológico e tal...

— Há, até parece, você nunca teve disso. Podia ser meio-dia que você dormiria sem problemas. — Dominique entrou na conversa e Lisa fuzilou-a com o olhar, sem que minha prima percebesse.

— Bom, eu tenho agora.

Eu arqueei a sobrancelha, mas não fiz nenhum comentário. E quando percebi que meus olhos estavam se demorando demais em Lisa, eu me forcei a servir a comida e concentrar todas as minhas energias naquilo.

Dominique deu continuidade ao assunto iniciado, sugerindo alternativas para que Lisa não tivesse problemas para dormir, como uma máscara de sono ou uma cortina blackout e, enquanto as garotas conversavam, meu olhar escorregou de volta para Lisa, agora especificamente para a mancha na camisola dela.

As Mulheres de James Sirius PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora