Lopes o advogado e a dançarina

Cap 5

LOPES

O ADVOGADO E A DANÇARINA

CAPÍTULO 5

Nossos anos de faculdade, foram agitados, além de estudar muito para alcançar nossos objetivos, Cícero e eu também ajudamos muito a Alice, tenho que reconhecer que a loirinha é tão tinhosa quanto a gente! Quando ela achava que estava tranquila com Natália, a praga do avô a reconheceu em Gravatá e deu um jeito dela ser flagrada pelos pais, que além de espancar a coitada ainda romperam as relações com ela e a expulsaram de casa,  sempre que a encontravam em algum lugar davam um jeito de maltratá-la ainda mais.

Alice não foi acolhida apenas por nós mas também por tio Miguel, tia Teresa e vó Rosa, ela passou a morar conosco aqui na granja e tio Miguel fez questão de bancar os estudos dela, que trocou o curso de veterinária por educação física na UFPE, ela amava esportes, e por causa desse amor por esportes ela nos fez fazer aulas de muay thai junto com ela. A peste batalhou tanto que se tornou lutadora profissional. Ela ralava muito, estudando pela manhã, trabalhando com a tia durante as tardes e estagiando à noite na academia onde treinávamos.

Foi vendo o esforço dela que Cícero convenceu o pai a montar uma academia para se associar à Alice, dando a ela um lindo presente de formatura. Ela ficou extasiada com a surpresa que recebeu no meio do baile de formatura.

Estávamos todos realizados profissionalmente. Alice estava administrando a academia dela, eu administrando meu escritório e fazendo minha  pós-graduação, Cícero também fez a pós-graduação aqui com a gente. Alice recebeu a herança "do mala sem alça" do avô, que morreu em um acidente de carro na descida da Serra das Russas e comprou uma casa no centro de Camaragibe perto da academia. Comprei uma casa confortável perto da casa dela, Cícero iria voltar pra fazenda e iria fazer o mestrado dele lá em Serra Talhada, aquele não quis abandonar a fazenda por nada.

Ele até vem pra Camaragibe regularmente. Ao menos uma vez por mês ele aparece por aqui pra resolver algumas coisas da academia, matar a saudade da granja e dar um abraço em Luana e  Henrique. 

Quando ele está aqui a gente cai na farra fazendo orgia. 

Quando ele não está, eu arrasto os primos da Alice comigo, Diogo e Felipe se tornaram dois farristas. 

Hoje Cícero chegou na cidade. A farra vai ser nível master. Alugamos um flat em Boa Viagem e vamos os quatro cair na esbórnia com quatro garotas. 

Não posso negar que no auge dos meus 29 anos, levo a vida que sempre quis levar. Tenho meus pais com saúde pra dar e vender, apesar de morar longe da nossa fazenda sempre estou presente na vida deles e eles na minha, sou apaixonado pela nossa fazenda mas fiz minha carreira aqui em Camaragibe e amo o escritório que montei com a ajuda dos meus pais e o apoio do tio Miguel, que é como um segundo pai para mim. Sou um profissional bem sucedido e tenho planos para fazer meu escritório se expandir ainda mais. O que não está nos meus planos é me apaixonar, até pretendo ser pai, quero adotar um moleque no futuro, mas casar eu não caso nem sobre tortura!

Saí para almoçar e assim que pisei fora do escritório Cícero me ligou dizendo que já estava na granja me esperando pra almoçar com ele e Alice, nem pensei duas vezes, peguei o carro e segui pela Estrada de Aldeia rumo à Cangaceiro Lampião pra me juntar aos meus irmãos, sem falar que a comida da Luana é uma perdição.

Após o almoço, resolvemos algumas burocracias da academia e nos despedimos da Alice que voltou para a academia, segui com Cícero no carro dele para pegarmos Diogo e Felipe e irmos para o flat onde iríamos nos encontrar com as meninas para fazermos mais uma orgia. Chegamos no flat e as meninas chegaram vinte minutos depois, nós já estávamos tomando umas doses de Pitú pra esquentar a noite. A ordem da noite era meter até desabar de exaustão.