Cap 13

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LOPES 

O ADVOGADO E A DANÇARINA 

CAPÍTULO  13

Cheguei no escritório por volta das 7:30 da manhã, Marília, minha secretária não vai poder vir trabalhar nesta semana por causa de uma virose, com isso, tenho que chegar mais cedo, não acho justo sobrecarregar os outros advogados para cobrirem a função da Marília, esta semana serei o patrão e o secretário do escritório, graças a Deus só terei audiência na sexta-feira o que não vai me deixar tão sobrecarregado assim.

Abri o escritório e fui organizar tudo para o expediente. Minha cabeça ainda está latejando por causa do nocaute duplo que sofri ontem no octógono. O soco do Cícero me deixou com o ouvido zunindo, mas a parte de trás da cabeça está com um galo enorme. A bravinha me fez bater a cabeça no chão com toda força, ainda bem que minha cabeça é dura e aguenta porrada!

Fui acompanhar um cliente até a porta do escritório e dei de cara com a "megera" que estava tentando me fuzilar com os olhos. Ainda bem que ela não tem super poderes, caso contrário eu já estaria morto há muito tempo.

Ao voltar para o escritório, o motoqueiro que chamei para fazer a encomenda das flores para Safira chegou para pegar o cartão e o valor para pagar a encomenda do dia, aproveitei e pedi pra ele trazer uma aspirina pra ver se minha cabeça melhora um pouco.

Às 12:00 horas fui pro Camará Shopping, pra almoçar com Cícero, Alice e Dalila, pelo menos vou poder me distrair um pouco, já que com a virose da Marília vou ficar uma semana sem poder fazer as aulas com minha bonequinha marrenta pra poder dar conta das coisas no escritório até Marília voltar ao trabalho. Passar uma semana sem ver Safira vai terminar de enlevar minha taxa de testosterona. É sério, eu preciso gozar logo, mas tenho medo de broxar novamente se eu tentar sair com alguma garota e no meio da foda lembrar da Safira!

Ao chegar na praça de alimentação vi Alice e Dalila de frente pra mim, em uma conversa descontraída com uma moça que estava com os cabelos presos em um coque, deixando o cangote totalmente exposto. Ao reconhecer minha bonequinha brava, me enchi de segundas intenções e caminhei sorrateiro na direção delas. Cheguei por trás bem caladinho, e me aproveitei que Safira estava com as mãos sobre a mesa e a surpreendi com um golpe rápido prendendo-lhe as mãos na mesa com firmeza mas sem machucar a minha bravinha, ela tentou se soltar de mim, mas eu tenho muito mais força do que ela. Já me aproximei do ouvido esquerdo dela e falei debochado e bem devagarinho enquanto cheirava e roçava minha barba naquele cangote delicioso e distribuí muitos cheiros fazendo ela se arrepiar com minhas carícias.

__ Você é muito malvada, dona Safira, me fez bater a cabeça no chão do octógono. Eu deveria te processar e exigir como indenização, que você me fizesse cafuné, até o último dia de nossas vidas! Você sabia que é crime provocar acidente com vítima e não prestar socorro?

Dei um beijo na nuca dela e soltei seus cabelos que caíram feito uma cascata perfumada diante de mim. Fiquei tão hipnotizado com o aroma dos cabelos da marrentinha que esqueci de que tinha soltado a mão direita dela.

Safira se aproveitou da minha distração e pegou um garfo que estava na mesa para ameaçar furar minha jugular, ela falava com raiva encostando o garfo na minha veia mas eu não fiquei por baixo e provoquei ainda mais a minha bonequinha.

__ Se você ousar me importunar novamente vou usar teu sangue para fazer uma cabidela, seu pervertido! Não brinca comigo, Lopes!

__ Calma bonequinha, eu até vou adorar provar a tua cabidela quando estivermos casados, mas acho melhor fazer com o sangue da própria galinha, como eu gosto de tomar Pitú, meu sangue tem um teor alcoólico muito elevado e pode alterar o sabor do molho, até porque o sangue da cabidela, tem que ser batido com vinagre e não com álcool!

__ Debochado!

__ Debochado e apaixonado! Vou te vencer pelo cansaço, vou te levar pro altar e tu vai ser minha esposa!

__ Vai sonhando, otário!

Ela jogou o garfo sobre a mesa e saiu arretada, soltando fogo pelas ventas, deixando todos cochichando e apontando para mim. Eu alisava meu pescoço incrédulo, pelo tamanho da minha ousadia em provocar a louca daquele jeito, estava suando frio por causa da adrenalina.

Alice e Dalila estavam rindo feito duas hienas.

Me assustei quando Cícero tocou no meu ombro e falou tentando controlar as gargalhadas.

__ Força, São Jorge! Você sobreviveu com bravura ao segundo combate, seu "Dragão", em breve irá se render aos seus encantos, não tem mulher que resista a um cheiro no cangote. Eu vi a sua luta e fiquei muito orgulhoso. Parabéns Lopes!

__ Se ela não enfiou o garfo na minha jugular hoje, acho que não fará isso nunca mais!

Todos que estavam perto de nós caíram na risada.

Nós almoçamos naquele clima de gozação, depois do almoço voltei para o escritório, passei a semana num ritmo maluco, pedindo a Deus para que Marília se recuperasse logo e voltasse ao trabalho. Nem à noite eu conseguia ir para a academia, eu chegava em casa, tomava banho, jantava e capotava na cama. Cícero voltou para Serra Talhada na sexta-feira.

Na segunda-feira, Marília voltou ao trabalho e eu não conseguia controlar minha alegria em poder retomar as aulas com Safira.

Vou fazer esta boneca me desejar, nem que seja a última coisa que eu faça!

Lopes o advogado e a dançarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora